INTRODUÇÃO: A adolescência representa uma fase de profundas mudanças físicas e psíquicas. Com a descoberta de um “novo mundo”, é importante que a adolescência esteja amparada por políticas de prevenção em saúde, de combate às drogas e à criminalidade, de educação sexual, etc. A família detém um papel essencial nesse processo, contudo, é muitas vezes esquecida, de modo que um distanciamento comum é manifesto entre os adolescentes e seus familiares. OBJETIVO: Descrever a experiência da realização de uma atividade educativa e de interação entre adolescentes da Rede CUCA na cidade de Fortaleza-CE. METODOLOGIA: Relato de experiência, realizado por alunos da graduação em enfermagem da UFC, como coordenadores de uma atividade de educação em saúde. Participaram aproximadamente doze adolescentes alunos de voleibol, no dia 10 de outubro de 2014. Para sua realização, confeccionamos previamente quatro pequenas caixas representando, cada uma, um membro da família. Vários papéis que indicavam atividades domésticas como “lavar louça”, “sustentar a família”, “cozinhar”, “incentivar os estudos”, “ser obediente”, foram dispostos em uma parte da quadra de esportes que utilizamos. Dividimos os adolescentes em dois grupos, que foram postos em filas indianas paralelas. Duas bolas de vôlei eram arremessadas para o outro lado da quadra, e um integrante de cada grupo por vez deveria alcançá-la o mais rápido possível, para que pudesse pegar um papel com uma atividade e coloca-la na caixa que achasse mais conveniente. Ao final, sentamos em círculo e discutimos todas as atividades colocadas nas caixas. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O debate sobre saúde perpassa o entendimento dela em diversas esferas do cotidiano como educação, hábitos de vida e família. Contudo, a família é, muitas vezes, a parte mais frágil deste processo, pois entraves e tabus distanciam as mais diversas gerações. Entender o papel e as características da família nos dias atuais, entendendo-se como peça fundamental desse círculo é de extrema valia para um processo de educação preventiva. CONCLUSÃO: A atividade despertou nos participantes para ações do cotidiano que podem ser desempenhadas por um integrante da família diferente do que estamos acostumados, bem como por mostrar aos adolescentes os diversos papéis que podem assumir no ambiente familiar. Além disso, estes processos de educação em saúde muito contribuem para a formação de um profissional mais humano, criativo e reativo na realidade profissional cotidiana.