A hospitalização é considerada um processo potencialmente estressante e traumático para crianças, ela origina sentimentos de medo, ansiedade e culpa. Através do lúdico a criança torna-se capaz de expor seus sentimentos, diminuindo assim sentimentos como ansiedade e medo. Descrever a experiência de uma bolsista de extensão durante a vigência de um projeto voltado para crianças hospitalizadas, tendo como estratégias de apoio ao enfrentamento da hospitalização o desenvolvimento de atividades lúdicas. Estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado na unidade de pediatria de um hospital da rede pública em um município sede de uma Instituição de Ensino Superior na Paraíba, com vigência nos anos de 2013 e 2014. As atividades lúdicas aconteciam na clínica pediátrica do hospital, duas vezes na semana, com a realização de atividades recreativas, que duravam no máximo duas horas. Inicialmente, identificava-se as crianças internas, seus nomes, idades e condições clínicas. Em seguida, organizava-se o local onde aconteciam as brincadeiras, um espaço no hall do setor, uma vez que o serviço não dispunha de brinquedoteca. No desenvolvimento das ações, utilizava-se vários tipos de atividades lúdicas, direcionadas às crianças de acordo com as faixas etárias e as condições clínicas. As brincadeiras incluíam peças com fantoches, jogos, pinturas, colagens, utilização livre de brinquedos como: bonecas, carrinhos, entre outros. Durante o período em que as atividades aconteciam, era visível a mudança de expressão dos sentimentos das crianças, pais e acompanhantes, havia interação destes entre si e com os extensionistas. Tal experiência foi significativa, pois possibilitou intervir positivamente na realidade das crianças hospitalizadas, através de ações de cunho lúdico. Apesar das limitações físicas do Hospital, foi possível intervir e perceber os benefícios e efeitos positivos que o lúdico proporciona às crianças hospitalizadas; a importância da integração entre universidade e serviços de saúde; a necessidade do envolvimento e participação da equipe de enfermagem em ações com potencial de minimizar os sentimentos negativos gerados pela hospitalização e do serviço investir em um projeto de apoio a criança hospitalizada.