INTRODUÇÃO: A busca pela melhoria da qualidade do cuidado faz parte da rotina dos profissionais da saúde. Assim, os indicadores de qualidade em enfermagem são instrumentos de medidas necessários para avaliar o desempenho dos serviços, estrutura e o cuidado prestado ao paciente. OBJETIVO: Identificar as evidências atuais sobre indicadores de qualidade utilizados na enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, cuja coleta de dados ocorreu em junho de 2015, onde se utilizou como bases de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e os descritores em Ciências da Saúde: enfermagem e indicadores de qualidade. Considerou-se como critérios de inclusão, estudos publicados entre 2008 e 2015, nos idiomas português e espanhol, artigos publicados e encontrados na íntegra e que responderam à questão norteadora. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Após o refinamento, guiado pelos critérios de inclusão e questão norteadora “quais indicadores são utilizados atualmente pela enfermagem”, restaram 38 artigos, sendo 34 (89,47%) escritos em português e 4 (10,53%) em espanhol. Os enfermeiros foram os primeiros autores em 100% da amostra. Das 38 publicações, prevaleceu a pesquisa descritiva e exploratória com 11 artigos (28,95%), seguida do estudo descritivo com 8 (21,05%). O ano que mais publicou foi 2011 com 8 publicações (21,05%), seguido de 2009 e 2012 com 7 (18,42%). Quanto ao nível de evidência, destacou-se o nível 4 com 36 estudos (94,74%) e nível 5 com 2 (5,26%). O Qualis dos periódicos que mais prevaleceu foi A2 com 20 publicações (52,63%), seguido do B2 com 6 (15,79%). Após a análise dos dados, os indicadores de qualidade em enfermagem foram categorizados, segundo a tríade proposta por Donabedian: indicadores de processos, estrutura e resultados. Do total de 112 indicadores analisados, 75 (66,96%) são indicadores de processos; 25 (22,32%) são indicadores de estrutura e 12 (10,71%) são indicadores de resultados. CONCLUSÃO: Observou-se a necessidade da realização de pesquisas enfocando os indicadores de resultados, devido aos poucos estudos evidenciados. Contudo, acredita-se que os indicadores estudados possam subsidiar os enfermeiros na avaliação e implementação desses instrumentos na prática do cuidado, viabilizando a qualidade da assistência e, consequentemente, a satisfação e segurança do paciente.