A adolescência, mais precisamente delimitada da faixa dos 10 aos 19 anos de idade, se trata de uma etapa do crescimento e desenvolvimento do ser humano, marcada por grandes transformações físicas, psíquicas e sociais, na qual geralmente tem-se o início da vida sexual.Esta maior vulnerabilidade aos agravos, coloca o adolescente na condição de maior suscetibilidade às mais diferentes situações de risco como infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) ou uma possível gravidez precoce não planejada, as quais se desenvolvem devido ao frequente e comum comportamento que muitos assumem quando negligenciam o uso de preservativo durante suas relações sexuais.O presente estudo tem como objetivo discutir o papel do enfermeiro na prevenção das IST’s em adolescentes ao nível de atenção básica, e teve como objeto de estudo uma revisão bibliográfica, cuja busca foi realizada nas bases de dados SCIELO e BVS a partir dos seguintes descritores: saúde do adolescente e doenças transmissíveis; foram abordados 10 artigos acerca da temática, publicados entre os anos de 2008 a 2013.O principal meio de informação a respeito das IST’s ainda são os meios de comunicação em massa, mas apesar da extrema divulgação sobre as formas de prevenção, boletins epidemiológicos recentes mostram que a taxa de detecção de casos de AIDS, por exemplo, aumentou consideravelmente nos últimos 10 anos. Em diversas escolas pouco se discute a respeito do tema em sala de aula, o que se torna algo preocupante, pois o ambiente escolar é um dos lugares considerado ideal para se discutir sobre o tema em questão.O enfermeiro por seu papel de educador tem potencial para intervir com a realização de ações educativas, através de oficinas, trabalhos em grupo, atendimento individual e aconselhamento, voltados aos aspectos preventivos. A divulgação da existência de inúmeras doenças transmitidas através da relação sexual desprotegida faz-se necessário, já que grande parcela da população associa IST apenas ao HIV. Juntamente a equipe multidisciplinar, o enfermeiro deve agir na promoção de saúde a prevenção de doenças, sendo necessário para que isso ocorra, a capacidade de ouvir e valorizar os sentimentos e as várias preocupações dos adolescentes e sua família. Esse conjunto de condutas profissionais, garante ao adolescente o direito à proteção integral à sua saúde visando com isso seu desenvolvimento físico, emocional e social, garantindo condições de dignidade segurança e também liberdade.