INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, o desenvolvimento tecnológico vem contribuindo de maneira significativa para o cuidado, com mudanças na forma e efetivação do mesmo, conferindo um caráter que pode variar entre aplicação da tecnologia leve, leve dura e dura.OBJETIVO: Conhecer os principais desafios encontrados pela enfermagem para aliar o cuidado as novas tecnologias. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva de abordagem qualitativa, elaborada a partir de uma revisão bibliográfica.Os dados foram coletados nos dias 29 de maio e 14 de abril do ano corrente, na base de dados ScientificElectronic Library Online (Scielo). Os descritores utilizados foram tecnologias, cuidar e enfermagem, a amostra foi composta por 10 artigos, que contemplavam o objetivo do estudo. Os dados foram organizados e discutidos de acordo com os interesses pertinentes ao tema. RESULTADOS: Em 60% da amostra constatou-se o uso de tecnologia dura para o cuidado, 30% uso de tecnologia leve dura, e apenas 10% leve. Com relação a aplicação da tecnologia dura, identificou-se que a mesma esta presente de maneira predominante e isolada nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI's), representando 90% da amostra. Embora a tecnologia tenha contribuído para a sobrevivência nas UTI's, 100% da amostra revela um atendimento mecânico e impessoal, formando um contraponto às questões éticas e humanas. A não inserção da família ao cuidado está presente em 90% da amostra, descaracterizando o contexto do cuidado e impossibilitando em alguns casos aliar o cuidado da mesma as formas de tecnologia. Entre os profissionais identificou-se dificuldade significativa em associar o uso das tecnologias com o cuidado. De maneira específica a tecnologia leve com a tecnologia dura. No entanto, identificou-se em 90% da amostra que as tecnologias organizam a forma de cuidar dos enfermeiros.CONCLUSÃO: Portanto, o uso das tecnologias é de fundamental importância no contexto do cuidado. Porem é necessário que as mesmas estejam associadas ao cuidado humanizado e individualizado de cada paciente. Cada profissional deve adquirir um pensamento reflexivo a respeito das novas formas de cuidar, utilizando a arte, a sensibilidade e a criatividade na apropriação e humanização das tecnologias, para que a arte e a ciência do cuidado não percam sua essência.