Introdução: Com um número cada vez maior de idosos na população brasileira, aumenta a preocupação com fatores que possam desencadear uma baixa qualidade de vida, entre esses, destacam-se a ocorrência frequente de quedas e suas importantes consequências físicas e psicossociais. Assim sendo, é um evento temido pelos idosos, capaz de diminuir sua autonomia. Objetivo: Conhecer o histórico de quedas anteriores de idosos atendidos em um Centro de Atenção Integral a Saúde do Idoso. Metodologia: Estudo transversal, exploratório e quantitativo realizado com 122 idosos atendidos em um Centro de Atenção Integral a Saúde do Idoso, João Pessoa-PB. A coleta de dados foi realizada no período de 3 meses através de um questionário semi-estruturado. Os dados foram analisados através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme preconizado na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CCS/UFPB (CAAE:39074114.5.0000.5188/parecer nº 995.113). Resultados: Dos participantes, 88 (72,1 %) idosos já sofreram quedas, 77 (87,5%) relataram que a última queda ocorreu a menos de um mês do momento da entrevista, 57 (64,8%) disseram apresentar alterações físicas e psíquicas após a queda, sendo que das alterações físicas 21 (42,9%) foram em membros inferiores e das alterações psíquicas, destacou-se o medo de cair em 50 (56,8%). 29 (33,9%) afirmaram ter sofrido a queda enquanto caminhava na rua e 21 (23,9%) escorregaram em piso molhado. Conclusão: A ocorrência de quedas em idosos pode acarretar prejuízos a saúde, pois além de um trauma físico, as sequelas psicossociais afetam o dia-a-dia do idoso, ocasionando declínio da autonomia e dependência. Torna-se essencial a existência de programas de saúde voltados à prevenção de quedas e ao acompanhamento após as mesmas, buscando reestabelecer a saúde do idoso, contribuindo assim, para um envelhecimento saudável.