Na enfermagem, a educação em saúde é prática essencial para uma assistência de qualidade. As orientações em saúde realizadas pelo enfermeiro devem ter como foco principal o estímulo ao autocuidado do cliente, tornando-o assim capaz de gerenciar os seus cuidados e tratamento. No tocante aos portadores de estomia intestinal faz-se imprescindível o estabelecimento de suporte específico, como um processo de educação em saúde que inclua a tríade: estoma intestinal, pele periestoma e dispositivo coletor. Nessa direção, o estudo consistiu de um relato de experiência dos discentes da disciplina de Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso, do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. Teve como objetivo descrever a experiência dos discentes no tocante à realização de educação em saúde direcionada a clientes em pós-operatório de estomia intestinal. Tratou-se de um estudo descritivo, desenvolvido na clínica cirúrgica de um Hospital de referência no Estado do Piauí, no mês de Abril de 2015. Participaram da sessão de educação em saúde três clientes do sexo masculino, portadores de estomia intestinal, prestes a receberem alta hospitalar. Após identificação dos clientes, organizou-se o material de suporte à prática educativa, tais como: medidor de estoma, bolsa coletora, soro fisiológico, tesoura, gazes, luvas e aparadeira. No segundo momento, realizou-se uma explanação referente ao cuidar em estomia intestinal, com foco nos cuidados com o estoma, pele periestoma e bolsa coletora. Os pontos-chave abordados foram: medição do estoma, corte adequado do orifício, higienização, frequência de troca de bolsas coletoras, alimentação, sexualidade, lazer e prevenção de complicações relacionadas à pele periestoma. No terceiro momento, solicitou-se dos clientes um feedback das orientações fornecidas, com o intuito de avaliar as suas compreensões. Constatou-se que os clientes participaram ativamente do processo, retiraram dúvidas e relataram a importância das orientações recebidas pelos discentes. Além disto, pontuaram de forma correta os cuidados com o estoma, pele periestoma e bolsa coletora. Evidenciou-se que a prática educativa realizada possibilitou maior interação e troca de experiências entre clientes e discentes. Ainda, contribuiu de forma eficaz para o conhecimento dos estomizados acerca dos cuidados com o estoma e bolsa coletora, proporcionando suas adaptações e facilitando a prática de autocuidado.