Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
PREVALÊNCIA DE DISLIPIDEMIA EM ESCOLARES ADOLESCENTES
Relatoria:
PRISCILA GEOVANA CÂMARA RODRÍGUES
Autores:
- Yohana Brunna Rafael de Morais
- Mell de Luiz Vânia
- Ivelise Fhrideraid Alves Furtado da Costa
- Danielle Fraklin de Carvalho
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução e objetivos: As doenças cardiovasculares (DCV) manifestam-se a partir da meia-idade, sendo determinada por fatores não modificáveis e modificáveis, como a dislipidemia, alteração quantitativa das lipoproteínas plasmáticas, dentre estas as de maior importância são os ácidos graxos, os triglicerídeos (TG), os fosfolípides e o colesterol (CT). A alteração dos lipídeos aparentemente começa na infância, desta forma, têm-se por objetivo verificar a dislipidemia em fase precoce da vida. Metodologia: Estudo transversal, quantitativo, desenvolvido nas escolas públicas de Campina Grande, Paraíba, com amostra de 103 escolares entre 15 e 20 anos incompletos. Foram estudados fatores de risco não modificáveis (idade, sexo e cor da pele), bem como a escolaridade materna e a classificação econômica. Utilizou-se a análise de variáveis bioquímicas: CT, lipoproteína de alta densidade (HDL), colesterol não-HDL e TG. A classificação considerou os seguintes pontos de corte: CT desejável: <150,0mg/dL; HDL desejável: ≥45,0mg/dL; não-HDL: desejável: <130,0mg/dL e TG desejável: <130,0mg/dL. O subprograma Validate do Epi Info 3.5.2 e o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 22.0) foram utilizados para o processamento das análises estatísticas. Este estudo obedeceu às normas preconizadas na carta de Helsinki. Resultados e discussão: A média de idade foi 16,7 (± 1,1) anos; prevalecendo o sexo feminino (69,9%) e não brancos (59,2%). Dentre os responsáveis, 37,9% apresentavam grau de instrução de 12 anos e pertenciam a classe C1. Foi registrada alteração em 40,8% do colesterol total; 35,0% no HDL; 12,6% no não HDL e 11,6% nos TG. Os elevados níveis de HDL atuam como fator de proteção contra as DCV. O National Cholesterol Education Program considera o não HDL um dos principais fatores de risco para DCV, pois está envolvido na formação e desestabilização de placas ateromatosas. Autores afirmam que alterações nos níveis de TG, também contribuem com a aterosclerose. Não foi observada relação estatisticamente significante do perfil lipídico com o sexo nesta amostra. Conclusões: A maioria dos adolescentes obtiveram níveis desejáveis para faixa etária. Tal fato, não descarta a importância das alterações lipídicas observadas, pois a dislipidemia é um fator de risco independente para a aterosclerose e DCV, e sua presença é determinante para o adoecimento na vida adulta.