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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
CONHECIMENTO, PRÁTICA E ATITUDE DAS DETENTAS SOBRE A REALIZAÇÃO DO EXAME PAPANICOLAOU NA COLÔNIA PENAL FEMINI
Relatoria:
SORAIA DE OLIVEIRA PEQUENO
Autores:
  • IZABEL CRISTINA ALBINO GOMES
  • KARINA BEZERRA MEDEIROS DE OLIVEIRA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
A assistência à saúde da mulher é uma das prioridades do SUS, que engaja na atenção básica as estratégias para a prevenção do câncer de colo do útero. Levando em consideração que nos últimos anos, a participação da população feminina na criminalidade vem crescendo, e passa a ocupar uma parcela expressiva na população carcerária do País, como mostram os dados do Ministério da Justiça, que no Brasil, existem mais 30 mil mulheres encarceradas. Essa população conta com o Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário. Contudo, estudos relatam que a atenção à saúde das mulheres encarceradas tem um olhar reducionista, pois as ações desenvolvidas em sua maioria das vezes são relacionadas à detecção e combate das doenças sexualmente transmissíveis.Objetivou identificar o conhecimento, a prática e a atitude na realização do exame Papanicolaou das detentas na colônia penal feminina em um município do interior de Pernambuco - Brasil. Tratou-se de um estudo descritivo e exploratório de abordagem quantitativa realizada no mês de maio de 2013, com amostra de 204 mulheres, os dados foram coletados por aplicação de um questionário contendo 36 questões subjetivas. Para análise dos dados foram obtidas distribuições absolutas e percentuais para as variáveis estudadas, e apresentado sob a forma de gráficos e tabelas. Embora a maioria das participantes (91%) afirmou já ter ouvido falar no exame Papanicolaou e 79% ter realizado o mesmo em um tempo menor ou igual há 12 meses, a observação referente a outras variáveis mostrou-se insatisfatória no tocante ao conhecimento, 75% das reeducandas relataram não conhecer a evolução, e 77% declaram não saber quais os fatores de risco para o desenvolvimento da neoplasia. Outras informações relevantes foram quanto à aquisição de conhecimento oferecido por parte dos profissionais de saúde, pois 32% das mulheres afirmaram nunca ter recebido qualquer orientação. Contudo, as reeducandas entendem a necessidade das campanhas de prevenção, esse dado foi demonstrado por parte de 72% das mulheres que declararam ser muito necessário. CONCLUSÃO:Diante dos resultados é imprescindível a ampliação das ações de esclarecimento em saúde no espaço prisional, em vista que durante a realização da pesquisa as reeducandas demonstraram que entendem a necessidade da implantação de estratégias para fazer com que as mulheres venham a vencer os obstáculos colocados frente ao exame, colaborando diretamente para a prevenção no cuidado da saúde da mulher.