A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa que se configura como um sério problema de saúde pública e com profundas raízes sócio-culturais, tendo em vista que a mesma está intimamente relacionada com condições de moradia precárias, como ocorrem nas periferias das grandes cidades, onde impera a pobreza, a grande concentração humana e a extrema miséria. Além disso, a tuberculose traz consigo o estigma e o preconceito para seu portador, o que por sua vez acaba influenciando a não adesão ao tratamento. O objetivo deste estudo é analisar os impactos psicossociais em portadores da tuberculose pulmonar que estão em tratamento em unidades básicas de saúde da Estratégia Saúde da Família do município de Cajazeiras – PB. Trata-se de um estudo qualitativo, fruto de um desdobramento da pesquisa intitulada “Consequências Sociais existentes em portadores de Tuberculose Pulmonar usuários da Estratégia de Saúde da Família do município de Cajazeiras”. Participaram do estudo 8 portadores de tuberculose pulmonar usuários da Estratégia Saúde da Família localizadas na zona urbana do referido município. Os dados norteadores foram analisados utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os discursos dos participantes explicitaram o autopreconceito, o preconceito, o auto-isolamento, e o desemprego como impactos da tuberculose pulmonar. Pode-se constatar que é necessário compreender os danos psicossociais da TB, pois foi percebido que muito do que se atribui a tuberculose pelos responsáveis pelo seu combate está ligado apenas a condutas higienistas e biomédicas.