Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que acarreta várias modificações na vida da pessoa acometida, em que esta, ao ser diagnosticada passa a ser referenciada por uma classificação mórbida. Por esse motivo, a pessoa com DM, geralmente, apresenta-se desnorteada e com dificuldades de aceitar a doença e os cuidados necessários ao seu controle. A não aceitação da doença e, a consequente não adesão ao tratamento, é um dos problemas encontrados pelos profissionais de saúde na atenção à pessoa com DM, principalmente o idoso, que, além de lidar com as modificações próprias do envelhecimento, deve adotar hábitos de vida saudáveis na conduta do tratamento, que, muitas vezes, não faziam parte do seu cotidiano.1-2 Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem durante a coleta de dados de uma pesquisa sobre autocuidado em DM. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicas de Enfermagem no ambulatório de endocrinologia de um hospital escola de João Pessoa – PB, durante a coleta de dados de uma pesquisa sobre o autocuidado em DM, enfatizando o conhecimento, as atitudes e as práticas de autocuidado; realizada entre os meses de fevereiro a junho de 2015. Resultados: Foi possível constatar que os idosos com DM que participaram do estudo, em sua maioria, não aceitam a doença, principalmente no que se refere à adesão ao tratamento; pois, alegam que a doença é, na maioria das vezes, assintomática. Dentre os fatores identificados, o que traz mais insatisfação ao paciente é a dieta regrada que precisa ser seguida para o controle glicêmico. Além disso, muitos abandonam e negligenciam o tratamento devido à falta de conhecimento sobre a doença e suas possíveis complicações, resultando assim na negação do diagnóstico, acarretando no déficit do autocuidado. Conclusão: Compreende-se que a falta de aceitação dos pacientes está relacionada diretamente com a falta de conhecimento específico da doença e suas consequências degenerativas. Essa experiência também proporcionou às autoras a sensibilização quanto à importância do diálogo entre o profissional de saúde e o paciente para que ele compreenda a importância e a necessidade da realização do autocuidado.