O parto é uma experiência única, um momento especial e enriquecedor na vida de uma mulher, com grande relevância psicológica, que pode deixar marcas positivas ou negativas. O Ministério da Saúde, exercendo seu papel normatizador, implantou um conjunto de ações, por meio de Portarias, com objetivos de estimular a melhoria da assistência obstétrica e regulamentar a atuação da enfermeira obstétrica na realização do parto normal sem distócia, aplicando práticas baseadas em evidências científicas, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma destas ações foi a instituição de Centros de Parto Normal (CPN), que são definidos como estabelecimento destinados à assistência ao parto normal sem distócias, que podem funcionar em instalações intra ou extra-hospitalares, Desta forma este estudo teve como objetivo analisar a atuação da enfermeira obstétrica nos Centros de Parto Normal descrita na literatura. O método utilizado para a obtenção dos dados baseou-se em uma revisão integrativa. Para o levantamento dos artigos na literatura, foi realizada uma busca nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e Base de Dados em Enfermagem (BDENF). A pesquisa foi realizada nas referidas fontes utilizando os descritores assistência de enfermagem, enfermeira obstétrica e parto normal. Para seleção da amostra foram utilizados como critérios de inclusão artigos indexados na língua portuguesa e inglesa, focalizando o objetivo da pesquisa, com ano de publicação entre 2010 a 2015 e excluído teses, dissertações e livros. Os resultados do estudo demostraram a importância da permanência contínua da profissional enfermeira no ambiente assistencial do parto, pelo fato de contribuir na diminuição do medo, da dor, da ansiedade e estimularem a participação ativa da mulher durante o trabalho de parto e parto normal. O manejo da dor por recursos não farmacológicos, como o uso de bolas de parto, massagem e banheira de hidromassagem foram realizados pelas enfermeiras obstétricas e valorizados pelas usuárias. Conclui-se que o modelo de assistência coordenado por enfermeiras obstétricas para o atendimento a mulheres de baixo risco apresentam resultados satisfatórios, consoante com as recomendações da Organização Mundial de Saúde de que esta profissional é a provedora de cuidados primários de saúde mais adequado para assistir o parto normal.