Introdução: Ao trabalhar a educação em saúde com o público escolar é necessário que essas intervenções despertem uma ação crítica-reflexiva nesse público. Neste sentido atividades lúdicas emergem como um fator facilitador para o processo e além do método adequado, as intervenções precisam estar de acordo com as demandas de conhecimento do público alvo. Objetivo: Investigar as diferenças entre as estratégias de intervenção educativa na prevenção do uso de drogas para escolares na perspectiva de universitários participantes do Programa de Educação para o Trabalho. Metodologia: Recorte do projeto intitulado “Avaliação das ações do PET-REDES na prevenção do uso de drogas entre escolares”. Estudo do tipo descritivo, exploratório e de abordagem qualitativa realizado com alunos universitários dos cursos de saúde (Bolsistas PET). O local de estudo foi a cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife-PE. A Coleta de dados foi feita através de entrevista, e teve como instrumento de coleta entrevista semiestruturada com questão norteadora. As falas foram analisadas em profundidade pelas pesquisadoras através da análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Ações de prevenção do uso de drogas para escolares muitas vezes são pautadas em palestras e seminários, realizados através da metodologia tradicional de ensino. Na realidade estudada essa conduta não despertou interesse do aluno para o conteúdo, gerando dispersão durante a atividade. As intervenções que abordaram o conceito central de forma lúdica e dinâmica, obtiveram maior absorção do assunto e despertam nessas crianças um raciocínio crítico sobre o uso de drogas. Apesar destes graduandos perceberem a importância dessas atividades, estes trazem em seus discursos que gostariam de realizar as intervenções com um cronograma pré-moldado. Apesar de sensibilizados para o uso de metodologias ativas de ensino,eles tendem a recorrer ao modelo tradicional, ao qual grande parte dos universitários brasileiros foram formados. Diante das incertezas de agir a partir das demandas e necessidades que o escolar possui, os graduandos sentem-se inseguros. Conclusão: Os resultados demonstram que intervenções dinâmicas e lúdicas obtiveram uma maior aceitação e absorção do assunto abordado, desenvolvendo o raciocínio crítico de escolares sobre o uso de drogas na realidade estudada, e que o graduando tende a usar o mesmo modelo tradicional de ensino o qual foi formado.