INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde – OMS lançou em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente cujo objetivo é favorecer normas e práticas de segurança, com campanhas chamadas ‘Desafio Global para a Segurança do Paciente’. A Aliança lança a cada dois anos um desafio em uma área considerada significativa para os Estados Membros da OMS. Para os anos 2007-2008 estabeleceu a iniciativa ‘Cirurgias Seguras Salvam Vidas’, como parte dos esforços para a redução da mortalidade em todo o mundo, a partir da implantação de uma Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica - LVSC, que pudesse ser aplicada em todos os países e contextos. Diante disso surgiu o questionamento: quais os efeitos da incorporação da lista de verificação de segurança cirúrgica como uma tecnologia em saúde, comparada a outros protocolos convencionais? OBJETIVO: Investigar os efeitos da incorporação da LVSC comparada a outros protocolos convencionais. MÉTODO: Revisão integrativa da literatura. Realizada busca nas bases de dados: LILACS, BDENF e MEDLINE via BVS. Foram utilizados os Decs “Segurança do paciente”, “Centro cirúrgico” e “Lista de verificação”. Critérios de inclusão foram texto completo, relação com a temática e recorte temporal de 5 anos. RESULTADOS: Foram encontrados 223 artigos dos quais 112 atenderam aos critérios de inclusão. Os artigos mostraram que as vantagens de sua incorporação e implementação superam suas desvantagens, é uma tecnologia de baixo custo e capaz de atender às demandas de segurança do paciente e equipe cirúrgica ao identificar potenciais eventos adversos e prever tecnologias duras necessárias durante o cuidado perioperatório, além de proporcionar maior tranquilidade para a família. O enfermeiro foi citado como devendo ser o líder nesse processo, necessário para encorajar a equipe na aceitação e implementação. Alguns estudos comprovaram que a LVSP melhora a comunicação interpessoal da equipe cirúrgica, principalmente na segunda fase de verificação, antes da incisão. CONCLUSÃO: Mediante o exposto foi verificado que não basta impor uma tecnologia, é preciso que os profissionais façam o uso adequado da ferramenta e estejam preparados e cientes dos benefícios que ela pode trazer para a segurança do paciente, evitando erros que podem ser evitados. A lista atribui claramente as responsabilidades de cada membro, o que a torna-se útil a nível organizacional, podendo também ser aplicada em qualquer contexto e cenários, mediante adaptações a cada realidade.