Introdução: A doença arterial coronariana é maior causa de mortalidade e de incapacitação no Brasil e no mundo e o declínio dessa doença pode variar entre populações, períodos e regiões. A prevalência da doença arterial coronariana vem aumentando progressivamente em consequência do aumento da expectativa de vida e da sobrevivência aos quadros epidemiológicos, tendo estreita correlação com a aterogênese e processo aterosclerótico por influência dos fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes portadores de doença arterial coronariana em um hospital público. Metodologia: Estudo realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. A amostra foi constituída de 19 pacientes. A coleta de dados foi realizada entre os meses de outubro e dezembro de 2014, por meio de entrevista contendo questões sociodemográficas e de estilo de vida relacionadas a fatores de risco cardiovascular. Para complementação da avaliação das características clínicas realizou-se medidas antropométricas de peso, altura, índice de massa corporal, pressão arterial e circunferência abdominal, conforme diretrizes recomendadas. O projeto recebeu aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob o número 836.272. Resultados: Em relação aos aspectos sociodemográficos houve prevalência do sexo masculino (84.2%), procedentes da capital (57.9%), faixa etária de 50 a 60 anos (42.1%), cor parda (73.7%), união estável (63.1%), escolaridade baixa (68.5%), profissão de lavrador (21.1%) e renda mensal menor que dois salários mínimos (68.4%). Em relação aos aspectos clínicos identificou-se a presença de hipertensão (78.9%), diabetes (57.9%), dieta inadequada (89.5%), hipercolesterolemia (63.2%), sobrepeso (36.8%), obesidade (26,4), risco aumentado de complicações metabólicas (52.6%) e hábito etilista (37.7%) e tabagista (15.8%) e obesidade (26.4%). Conclusão: A prevalência dos fatores de risco modificáveis apresentada por este estudo reflete a necessidade de um enfoque maior na prevenção primaria e secundária da doença arterial coronariana. A prevenção secundária com estratégias de saúde deve ser realizada para retardar ou prevenir a recorrência da doença cardíaca.