INTRODUÇÃO: Na Estratégia Saúde da Família (ESF), o enfermeiro deve atuar desenvolvendo ações de promoção da saúde mental que previnam danos e agravos à saúde dos usuários, assistindo-os de maneira integral. Assim, percebe-se a importância de identificar fatores intervenientes na sua atuação em saúde mental neste cenário, refletindo sobre seu papel e desafios encontrados, para então se construir novos saberes e práticas. OBJETIVO: Analisar a atuação do enfermeiro em saúde mental na ESF. METODOLOGIA: Revisão integrativa, onde foram adotados como critérios de inclusão: artigos completos disponíveis eletronicamente, no idioma português, que abordem a temática proposta, publicados nos últimos cinco anos (2010-2014); indexados nas bases de dados LILACS e BDENF. Os critérios de exclusão foram estudos que não respondam ao objetivo da revisão; artigos sem resumo; artigos de revisão, cartas, e editorial. A revisão da literatura totalizou 1.959 artigos disponibilizados nas bases de dados, através do entrecruzamento dos descritores: saúde mental, enfermagem e Estratégia Saúde da Família. Seguindo os critérios de inclusão, restaram 55 artigos, dos quais foram analisados. Assim, foram identificados e incluídos 10 estudos na revisão. RESULTADOS: Evidenciou-se a limitação e dificuldade encontrada no desenvolvimento de ações em saúde mental na Estratégia Saúde da Família pelo fato de muitos enfermeiros não estarem preparados, capacitados e motivados para intervirem junto aos usuários. São destacadas apenas as ações realizadas de caráter obrigatório como as visitas domiciliares, o encaminhamento para os serviços de saúde mental especializados e a orientação dos agentes comunitários de saúde para a realização de busca ativa de casos. CONCLUSÃO: A Estratégia Saúde da Família mostra-se como um importante instrumen¬to de resolutividade da atenção básica devendo ser mais bem explorada enquanto ferramenta de atenção comunitária. O enfermeiro como principal agente deste processo deve está preparado para mudar a realidade assistencial construída no modelo biomédico e descons¬truir a ideia de que o doente mental é um ser incapaz e perigoso e inseri-lo na sociedade, fortalecendo o vínculo através do diálogo e da escuta.