Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CONTEXTO DOS SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS EM SAÚDE MENTAL
Relatoria:
RAYHANNA QUEIROZ DE OLIVEIRA
Autores:
- Cláudia Quézia Amado Monteiro
- Analine de Souza Bandeira Correia
- Sabrina Brena Andrade de Medeiros Nóbrega
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética, legislação e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A enfermagem psiquiátrica brasileira baseava-se no modelo médico-biológico, uma abordagem limitada à tentativa de explicar a loucura a partir de causas orgânicas. Na década de 80 surge uma nova discussão sobre a necessidade de mudança na atuação da enfermagem e outros profissionais da área, sua principal frente é a desinstitucionalização, reinserção social e familiar no cuidado, assim, construiu-se espaços de atenção psicossocial comunitária, substitutivos ao modelo hospitalocentrico. É indispensável refletir sobre como tem sido a prática da enfermagem nestas perspectivas de assistência e sua adaptação em serviços substitutivos ancorados nos princípios da reforma psiquiátrica. Objetivo: Objetiva-se uma reflexão teórica sobre a prática atual do enfermeiro em serviços substitutivos em saúde mental. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados MEDLINE, SciELO e LILACS. Com descritores Enfermagem Psiquiátrica, Enfermagem e Saúde Mental, foram inclusos artigos publicados do ano de 2003 até 2014, disponíveis integralmente, e excluídos os que não tinham correlação dos descritores aos objetivos desta revisão, e não apresentaram os descritores em seus títulos, resumos ou objetivos; A partir das estratégias de busca foram selecionados 16 artigos. Resultados: Observou-se um crescente consenso entre a necessidade de uma reflexão sobre o atual entendimento e prática da atuação do profissional enfermeiro em serviços substitutivos de saúde mental. Foram investigados 16 artigos, que em sua totalidade corroboram com a presença ainda predominante do modelo medico-centralizador no contexto da assistência a saúde mental. Houveram 4 artigos que sinalizaram a existência de algumas estratégias e atividades que refletem os princípios da reforma frente a assistência em serviços extrahospitalares, em contrapartida 12 expressam a incoerência entre a teoria da política assistencial e sua prática, como também do real entendimento dos profissionais quanto ao seu papel enquanto equipe neste cenário. Conclusão: O profissional da enfermagem em sua maioria não executa seu papel baseado nos principios da reforma psiquiátrica, devido a impossibilidade de recursos e ao modelo das ações médico centralizador ainda dominante, sendo necessário empenho dos enfermeiros ao desenvolver suas competências. A literatura expõe a necessidade de uma maior reflexão acerca desta temática, e destaca o desafio enfrentado para a implementação de uma assistência coerente.