Conhecidos pela rebeldia, mudanças de humor e irresponsabilidade, os jovens tem por objetivo encontrar sua própria identidade. No entanto, muitas vezes, tendem a pagar um alto preço por ela. O contínuo crescimento do uso abusivo de álcool e drogas tem se tornado bastante evidente em nosso cotidiano. O uso destas substâncias é reconhecido como um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. Geralmente, são os próprios parentes que descobrem o vício, ou até mesmo os agentes comunitários de saúde. A família e a sociedade devem atuar de forma positiva na vida do adolescente e quando isso não acontece o mesmo se sente rejeitado e esse sentimento pode causar vários riscos à sua saúde. O tratamento depende da boa vontade do usuário e da boa assistência do profissional. Este estudo teve como objetivo caracterizar os principais desafios das condutas profissionais perante o jovem dependente químico, através de busca em periódicos online. A pesquisa apresentou como objeto de estudo uma revisão bibliográfica da literatura atual, cuja busca foi realizada nas bases de dados SCIELO e BVS, utilizando os seguintes descritores: saúde do adolescente e dependência química; foram incluídos estudos em língua portuguesa com ênfase em enfermagem, resultando numa amostra de 16 artigos. Estudos apontam que num plano cognitivo, os trabalhadores de saúde apresentam falta de conhecimentos sobre a variedade das apresentações sintomáticas geradas pelo uso abusivo e pela dependência ao álcool e afins, bem como de meios para facilitar o seu diagnóstico. O enfermeiro tem grande potencial para reconhecer os problemas relacionados ao uso destas substâncias, bem como em desenvolver ações assistenciais, tendo em vista que mantém contato próximo aos usuários dos serviços de saúde. Portanto, deve atuar junto com a equipe multidisciplinar, na promoção de saúde e prevenção das doenças, exercendo seu papel de educador, criando um vínculo de confiança com os adolescentes. É importante informar ao dependente sobre a necessidade de estar bem tanto nos aspectos físicos, sociais e também emocionais. O profissional precisa lembrar que o usuário não é um adversário a ser derrotado, pois a resolução desse desafio é uma decisão do mesmo e não da equipe. A resistência para mudar é considerada um comportamento normal. Desta forma, o enfermeiro necessita adotar uma postura compreensiva acerca dos sentimentos e preocupações dos adolescentes, visando buscar soluções em conjunto com sua família.