Introdução: O Telessaúde é um programa do Ministério da Saúde, que utiliza tecnologias da informação e comunicação para atividades à distância relacionadas à saúde em seus diversos níveis (primário, secundário e terciário). Essa ferramenta possibilita a interação entre profissionais de saúde, bem como o acesso remoto a recursos de apoio diagnósticos ou até mesmo terapêuticos. Uma das vertentes do Telessaúde é a Tele-educação, que consiste em uma ferramenta para atualização dos profissionais de saúde, composta por seminário de curta duração e cursos de atualização. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o uso e a qualificação dessa ferramenta por profissionais de saúde da atenção básica. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que avaliou a participação profissionais de saúde dos diferentes níveis de formação dos municípios do estado do Pernambuco. Os dados sobre frequência dos profissionais nos eventos foi contabilizada por ata eletrônica assinada individualmente no momento do evento. Já a qualificação do evento foi realizada através de questionários estruturados, disponíveis online, com o consentimento prévio desses profissionais. A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva. Resultados: Nosso estudo avaliou 94 profissionais de saúde. Dos profissionais que participaram dos eventos, 45,7% foram os agentes comunitários de saúde, seguido pelos técnicos em enfermagem com 12,8%, enfermeiros com 9,6% e outros profissionais com 21,4%. Em relação à qualidade do seminário, 68% avaliaram como ótimo, 28% como bom e 4% como regular. O uso reduzido dessa ferramenta, pode ser possivelmente por apresentar dificuldades de acesso a estas tecnologias e escassez de tempo para desenvolver as atividades do curso. Conclusão: Nosso trabalho pode concluir que as ferramentas de Tele-educação são pouco utilizadas pelos profissionais de saúde, porém apresenta uma excelente avaliação, o que deixa evidente a subutilização dos serviços que poderia contribuir de formas significantes na formação e atualização dos profissionais de saúde que, muitas vezes, estão distante de um meio para obtenção de formação.