INTRODUÇÃO A hiperbilirrubinemia neonatal se refere a um acúmulo excessivo de bilirrubina indireta no sangue do recém-nascido (RN), sendo caracterizada pela icterícia que é a coloração amarelada da pele, escleróticas e membranas mucosas. A fototerapia é o tratamento mais utilizado na hiperbilirrubinemia, isso se deve ao fato de ser um método não invasivo e de alto impacto na diminuição dos níveis de bilirrubinas plasmáticas. OBJETIVO: Relatar os fatores que influenciam na eficácia da fototerapia no tratamento da hiperbilirrubinemia neonatal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo e exploratório, realizado através da busca eletrônica na base de dados SCIELO, MEDLINE e LILACS no mês de junho de 2015. Utilizou-se a combinação dos seguintes descritores: fototerapia, hiperbilirrubinemia e icterícia neonatal. A busca evidenciou 10 artigos, mas após leitura exploratória dos resumos das obras com o intuito de verificar quais os conteúdos dos artigos consultados tinham relação com a pesquisa foram selecionados 5 que contemplavam o objetivo deste trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A eficácia da fototerapia depende da escolha correta do equipamento fototerápico (tipo de luz), o comprimento de onda e sua intensidade, a área de superfície corporal exposta, a concentração inicial da bilirrubina e a distância em relação à pele do RN. O comprimento de luz efetivo para fotodegradação da bilirrubina encontra-se na faixa de 400-500nm, portanto a luz que emita energia suficiente nessa faixa é eficaz. Quanto maior for a radiância emitida por um aparelho de fototerapia, maior é o declínio na concentração sérica de bilirrubina, sendo 4mw/cm2/nm a dose mínima. A superfície corporal exposta à luz é um determinante importante na sua eficácia, assim o uso de fraldas em RN ictéricos deve ser evitado. Quanto maior for o nível sérico de bilirrubina, mais rápida será a queda destes níveis. A energia luminosa que atinge o RN é inversamente proporcional a distância entre a fonte luminosa e o paciente, recomenda-se então que aparelhos equipados com lâmpadas fluorescentes sejam mantidos a uma distância de 30cm e o de lâmpadas halógenas a cerca de 50cm pelo risco de queimaduras. CONCLUSÃO: Existem critérios que devem ser considerados na abordagem clínica do RN ictérico, de forma a otimizar o uso da fototerapia pois o não atendimento das técnicas adequadas pode prejudicar a eficácia terapêutica e comprometer a qualidade do tratamento.