A sífilis é uma doença transmitida através da relação sexual, do contato direto com sangue contaminado e também de mãe para filho, a chamada transmissão vertical. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, nos países subdesenvolvidos, em torno de 10 a 15% das gestantes são portadoras de Sífilis. No Brasil, a incidência, no ano de 2011, chegou a 3,3 casos por 1.000 nascidos vivos, tendo, as regiões Nordeste e Sudeste, os maiores percentuais quando comparadas às outras regiões. Este estudo quantitativo objetivou identificar a prevalência e a incidência de Sífilis Congênita com coleta de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da 8ª Regional de Saúde do Paraná, referentes ao período de 2009 a 2013. Identificaram-se 35 gestantes notificadas com sífilis; destas, nove tiveram filhos nascidos com sífilis congênita e 66,7 % dos seus filhos nasceram vivos na evolução do caso. As mulheres infectadas estão em idade fértil, possuem baixa escolaridade e são, em sua maioria, donas de casa, características essas associadas ao número elevado de casos. Os achados indicam que, apesar de um nível educacional médio, essas gestantes não tomaram medidas preventivas adequadas. Da mesma forma, devido a ocupação destas mulheres ser mais voltadas ao lar, possivelmente a contaminação deu-se por meio de seus parceiros. Os dados aqui apresentados, parcialmente corroborados pela literatura, mostram a frequência de sífilis congênita na região analisada.