Visando romper com o modelo médico-hospitalocêntrico, foram implantadas no SUS práticas de Atenção Primária à Saúde que tem como função central no sistema nacional de saúde, a integração de um processo permanente de prevenção, promoção, cura e reabilitação, tendo a educação em saúde como estratégia importante neste processo. A educação em saúde pode ser realizada por meio de metodologia de sala de espera, entretanto, ainda tem representado um desafio para os profissionais da área. Assim, este estudo objetiva relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem durante a implantação e avaliação de ações de educação em saúde na sala de espera de uma Unidade Integrada de Saúde da Família em João Pessoa-Paraíba. Trata de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido em outubro de 2011 e reavaliado em maio de 2014, em uma Unidade Integrada de Saúde da Família, localizada em João Pessoa – Paraíba. Foram realizadas quatro ações de educação em saúde em sala de espera da referida unidade no período de um mês, com a participação das acadêmicas e de profissionais de saúde. As temáticas abordadas foram: direitos da mulher no SUS, exame de citologia oncótica e a visita ao ginecologista, higiene bucal e comportamentos que promovem boa qualidade de vida, conforme estabelece o HiperDia. Nestes momentos pôde-se perceber a relevância e as limitações de conhecimento dos usuários acerca das temáticas, o que contribuiu para atrair a atenção dos mesmos. Diante disto, foi mantido o contato com os profissionais por um mês, para acompanhamento da permanência das atividades, cujas informações davam conta de que a sala de espera continuou sendo implementada na rotina da unidade, sendo realizada pelos ACS. Entretanto, após três anos, com o retorno das acadêmicas a esse campo durante o Estágio Supervisionado foi possível perceber que essa prática perdeu-se no tempo. Assim, as atividades de educação em saúde na sala de espera para os usuários da Unidade de Saúde da Família possibilitaram distração, educação, diálogo, esclarecimento de dúvidas e troca de experiências com os usuários à espera do atendimento. Porém, não foram continuadas na unidade de saúde pelo excesso de atividades e rotatividade dos profissionais.