O crescimento do número de crianças com sobrepeso e obesidade é particularmente preocupante devido às complicações que o excesso de peso pode trazer, tanto em aspectos psicossociais, pela menor aceitação social e discriminação que levam ao isolamento e afastamento de atividades sociais, quanto em aspectos orgânicos, pela maior incidência de problemas respiratórios, diabetes melites, hipertensão arterial (HA), dislipidemias, entre outros. Esta pesquisa objetivou analisar a prevalência de crianças com sobrepeso em uma escola pública de um município do Sudoeste do Paraná. A coleta dos dados foi realizada com 50 crianças através da aplicação de questionários. Os resultados mostram predomínio de crianças do sexo feminino, com faixa etária de sete anos, que permanecem até 4 horas na escola. Quanto ao nível de escolaridade dos pais, 34% possuem ensino superior completo; 42% possuem renda familiar mensal de três ou mais salários mínimos. Em relação aos hábitos alimentares 94% almoçam em casa com parentes de primeiro grau; quando se alimentam fora de casa, 76% costumam ir à casa de familiares e amigos; nas refeições principais, 70% relatam ingerir vegetais. Quando questionados sobre a ingesta de sopa, 72% costumam comer às vezes; 52% não ingerem doces todos os dias. 86% praticam esportes na escola e 66% fora. 34 % assistem entre uma a duas horas de televisão durante a semana e 32% esse mesmo tempo nos finais de semana. Quanto ao tempo de jogos no computador, 34% jogam menos de 30 minutos durante a semana e 26% entre 30 minutos e uma hora nos finais de semana. O IMC apontou que 50% estão com o peso normal, 26% com excesso e 22% obesos. A amostra avaliada manteve-se na média com relação ao peso ideal, porém houve crianças com excesso de peso e obesidade. Esta condição pode estar ligada com a ingesta de doces todos os dias e a falta de exercícios físicos, visto que passam tempo em frente à televisão e ao computador.O presente estudo conseguiu alcançar seu objetivo principal, analisar a prevalência de sobrepeso em crianças de seis a oito anos, onde se constatou o excesso de peso e a obesidade, o aumento da ingestão de comida hipercalórica constituída muitas vezes por alimentos coloridos e saborosos, porém pobre em nutrientes e contendo altos índices de calorias por volume. Faz se necessário a implementação de práticas voltadas à prevenção da obesidade infantil para reduzirmos os índices de morbimortalidade ocasionados por complicações advindas desta síndrome.