No Brasil, o Serviço Hospitalar de Emergência (SHE) convive com uma demanda elevada de usuários que, em sua maioria, procura o serviço com problemas não tão graves que poderiam ser resolvidos na Atenção Básica. A classificação de risco organiza o acesso do usuário ao serviço propondo outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, vem sendo usada em vários países, inclusive no Brasil apresentando como vantagens a diminuição do risco mortes evitáveis e a extinção da triagem por profissional não qualificado. O enfermeiro é responsável pela classificação de risco cabendo a este profissional avaliar a gravidade e o grau de sofrimento do paciente, com base em consensos estabelecidos em conjunto com a equipe médica. O estudo tem como objetivo: avaliar sob a perspectiva do enfermeiro a classificação de risco na urgência hospitalar. Para a coleta de dados, foi realizado levantamento bibliográfico, por meio da busca eletrônica de artigos indexados nas bases SciELO e Portal do CAPES; foram utilizados os seguintes descritores e suas combinações: “acolhimento”; “enfermagem”; “urgência”. Como critérios de inclusão: periódicos de 2010-2015, idioma em português e artigos científicos na íntegra. Encontrou-se 22 artigos selecionados nas bases supracitadas, Após leitura dos resumos foram selecionados 9 artigos para análise. De acordo com a literatura analisada, observou-se que a alta demanda é uma das principais dificuldades encontradas pelos profissionais na prática do acolhimento humanizado e ainda contribui para a perpetuação da assistência fragmentada, e que há necessidade de reorganização da estrutura física para a consolidação da humanização bem como o preparo das equipes para prestar melhor atendimento. Os estudos ainda apontam que a qualificação do profissional é parte fundamental da humanização e que há pouca integração entre os serviços, o desconhecimento da população sobre o protocolo, dificuldade na primeira interação com o usuário são fatores que interferem no atendimento. Conclui-se que o acolhimento com classificação de risco organiza o serviço na urgência ao racionalizar os recursos disponíveis estabelecendo critérios para atendimento e que o enfermeiro assume um papel fundamental na realização desta atividade.