Introdução: Conforme os dados do Censo Demográfico de 2010, 10,8% da população brasileira é composta por pessoas acima de 60 anos. O aumento da população idosa tem gerado novos tipos de demandas populacionais, em especial, uma adequada prestação de assistência e cuidado. De maneira geral, os potenciais cuidadores dessa população são os familiares; entretanto, essa relação tem ficado cada vez mais fragilizada. Isso posto, temos vivenciado um aumento da demanda por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Nesse sentido, a ILPI deve proporcionar um acompanhamento a esses idosos visando o atendimento integral por equipe multiprofissional de saúde. Para tanto, há a necessidade de rastrear e promover saúde no âmbito dessas instituições. Objetivo: Avaliar a saúde global de idosos residentes em uma ILPI da capital potiguar. Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, de natureza exploratória, transversal e descritivo, realizado com 30 idosos. Foram analisadas características sociais, demográficas e de saúde, a partir dos seguintes instrumentos: questionário com dados sociodemográficos, índice de Katz; Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e o questionário de Mini Avaliação Nutricional (MNA), cada qual com uma amostra diferente, dadas as condições de saúde dos idosos para darem conta dos quesitos instrumentais. Foram respeitados os preceitos éticos em pesquisa com seres humanos, e a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes da UFRN, sob parecer n° 164/2011. Resultados: Observou-se que os idosos institucionalizados na ILPI apresentaram idade média de 76,86 (± 7,7) anos (66,7% feminino; 33,3% Masculino) e tem apresentado déficits cognitivos na maioria dos parâmetros do MEEM; dos 30 idosos, apenas oito atingiram o escore do MEEM. A partir do Índice de Katz observou-se que 16,7% dos idosos eram independentes, 13,3% apresentavam dependência moderada e os demais 70% eram muito dependentes. Para a MNA, 21 idosos foram incluídos no estudo por estarem aptos a responder a MNA. Cerca de 52,4% foram classificados como desnutridos, 38,1% estão em risco de desnutrição e 9,5% em estado nutricional normal. Conclusão: É perceptível o comprometimento da saúde dos idosos avaliados, o que revela a necessidade de melhor avaliar as exigências institucionais de cuidado e promoção à saúde dos idosos.