O papilomavírus humano (HPV) é um patógeno responsável pelo desenvolvimento de tumores benignos e malignos de pele e de mucosas, é de transmissão sexual e está relacionado com o desenvolvimento de aproximadamente 98% dos casos de câncer do colo do útero. Apesar de não ser suficiente para o seu surgimento, é uma condição necessária para o mesmo. No Brasil duas vacinas estão disponíveis contra o HPV, a quadrivalente (HPV4), que previne contra os tipos 16, 18, 6 e 11 e a bivalente (HPV2), específica para os tipos 16 e 18. O presente estudo tem como objetivo identificar, através de uma revisão bibliográfica, a utilização da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) na prevenção do câncer de colo do útero. O desenvolvimento desta revisão de literatura foi realizado mediante consulta em artigos científicos do SCIELO, BIREME e LILACS nos últimos 8 anos, incluindo o idioma português, além de consulta em publicações do Ministério da Saúde. A amostra foi composta por 17 artigos publicados entre 2008 e 2014, sendo que 5 deles são de 2014. Nota-se que apesar de não manter regularidade nas publicações, temos um crescimento pelo estudo da temática no último ano, e preocupação pelos órgãos públicos. Até o momento, foram caracterizados cerca de 100 tipos diferentes de HPV. No Brasil, o HPV16 é o tipo predominante nos cânceres cervicais invasivos. A transmissão através do contato sexual, representa a via clássica de contaminação do HPV. Atualmente é disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunização a vacina quadrivalente (HPV4). O esquema vacinal de 3 doses (0, 6 e 60 meses), compreende o sexo feminino, na faixa etária de 9 a 13 anos que não iniciaram atividade sexual. A eficácia da vacina quadrivalente para prevenção de câncer de colo de útero foi de 98%, e de 100% para as verrugas genitais, causadas pelo papilomavírus humano. As vacinas são seguras, imunogênicas e efetivas na prevenção de infecções pelo HPV e de lesões precursoras do câncer cervical, mas mesmo com a proteção cruzada para alguns outros tipos de HPV não são capazes de abolir o câncer cervical. Conclui-se que a utilização da vacina é um excelente meio de prevenção contra o HPV, assim, espera-se que após o uso da vacina contra o HPV, o número de casos de câncer de colo do útero diminua significativamente.