Introdução: As jornadas excessivas de trabalho do enfermeiro são fatores que podem desenvolver a Síndrome de Burnout, evidenciada pelo estresse e desgaste emocional. Objetivo: sintetizar o conhecimento produzido sobre a correlação entre estresse ocupacional e o marcador biológico cortisol em enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Método: Revisão integrativa da litetatura realizada nas bases de dados CINAHL, PubMed, LILACS, Scopus e Web of Science, de forma não controlada, através de descritores do MESH Hydrocortisone, Burnout Professional, Nursing Primary, Health Care, cruzados através do operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos originais disponíveis gratuitamente; publicados nos últimos dez anos, nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram excluídos editoriais, carta ao editor ou opinião de especialistas, bem como revisões e teses e dissertações completas. A análise ocorreu mediante leitura minuciosa e formulação de categorias entre os eixos comuns. Resultados: Foram identificados 232 estudos. Após análise minuciosa, 5 se adequaram aos critérios de inclusão. Na base de dados Scopus localizou-se 1 estudo, e 2 estudos na Lilacs e Pubmed, respectivamente. As categorias geradas foram “Estresse, Burnout e enfermagem” e “Níveis de Cortisol, estresse ocupacional e burnout”. Na primeira categoria, destacam-se os analisaram o estresse ocupacional e a síndrome de burnout de enfermeiros que atuam em setores hospitalares. Não foi achado nenhum desenvolvido na Atenção Primária à Saúde (APS). Na segunda categoria, entre os estudos incluídos, dois deles não apresentaram relação entre aumento do cortisol salivar e o estresse, um apresentou indicativo de que a terapia Reike diminui os níveis de cortisol salivar de profissionais com burnout, e os outros dois restantes apresentaram significância estatística em duas dimensões do MBI (excetuando a exaustão), e uma ralação de alto índice de cortisol no substrato de profissionais com obesidade. Conclusão: poucas pesquisas têm analisado as concentrações de cortisol salivar em situações de estresse e burnout nos profissionais de enfermagem da atenção primária à saúde. Outro ponto importante é que várias metodologias para análise do cortisol estão sendo utilizadas e encontrando resultados heterogêneos, dificultando a comparação entre os estudos.