Introdução: Em 1994, surgiu, no Brasil, princípios da Estratégia de Saúde da Família (ESF), com o objetivo de prevenção, promoção e recuperação da saúde de forma geral e contínua. A ESF permite que o enfermeiro contemple toda dimensão do processo saúde-doença, garantindo uma ação ampliada e específica. Objetivos: Refletir sobre a atuação do enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família, analisando a importância, as perspectivas e os desafios desse profissional. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência com abordagem qualitativa, o qual o sujeito de estudo foram quatro estudantes de enfermagem, e uma enfermeira docente da disciplina de saúde coletiva. Os dados foram coletados em Vitória de Santo Antão – PE no ano de 2015, através de entrevista em podcast, mídia de transmissão de informações, com um roteiro previamente elaborado, com as seguintes perguntas: 1 - Qual a importância do enfermeiro na atenção básica/atenção primária a saúde? 2 - Qual o papel do enfermeiro da atenção primária a saúde? 3 - Quais os desafios encontrados pelo enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família? 4 - Quais suas perspectivas como estudante ou enfermeiro da atenção básica? Realizou-se um levantamento bibliográfico sobre o assunto e, após, foi realizada uma síntese dos materiais encontrados, relacionando com as experiências e ponto de vista dos sujeitos da pesquisa. Resultados: O enfermeiro é visto como um dos pilares da atenção básica. Em contrapartida, o enfermeiro também encontra dificuldades para exercer suas funções, desde ao excesso de atribuições, até a infraestrutura da unidade de atendimento, e seu limite diante da governabilidade da região ao qual está inserido. Tanto os estudantes como o profissional de enfermagem veem a atenção primária à saúde como uma das portas de entrada e ordenadora de uma rede de atendimento, porém, também pontuam que a atenção primária muitas vezes não é vista como prioridade dentro da gestão da saúde. Como perspectiva, os profissionais de enfermagem esperam a estruturação de uma rede bem estabelecida e efetiva, além de uma maior visibilidade deste nível de atenção pelos gestores. Conclusão: O enfermeiro é visto como um protagonista de mudanças no atual modelo assistencial, tendo a responsabilidade de realizar sua prática assistencial com integralidade, percebendo o paciente como um todo, dotado de suas competências e autonomia. Entretanto, as dificuldades impedem que essa assistência possa ser prestada da melhor maneira.