Introdução: Os acidentes de trânsito representam uma das principais causas de mortalidade no mundo. Tais acidentes podem resultar em deficiências e incapacidades temporárias ou permanentes, que prejudicam na forma das vítimas executarem suas atividades de vida diária. Dentre as vítimas, os motociclistas têm se destacado como os mais afetados pelos acidentes, sendo as lesões de extremidades as mais comuns Objetivos: Avaliar e verificar as consequências dos acidentes de trânsito e presença de incapacidade funcional para motociclistas com lesões de extremidades após a alta hospitalar. Metodologia: Está sendo realizado um estudo epidemiológico, do tipo transversal, para avaliar a capacidade funcional dos motociclistas, vítimas de acidentes de trânsito, com lesões de extremidades após a alta hospitalar. O presente estudo está sendo realizado no município de Arapiraca, Alagoas. A população do estudo é constituída por motociclistas vítimas de acidentes de trânsito com lesões de extremidades, atendidos na unidade de emergência de referência em trauma em Arapiraca entre os meses de setembro a dezembro de 2014, que apresentaram, em seus prontuários médicos, a localização do endereço residencial, para que fosse realizada a visita domiciliar, com a finalidade de obter dados sobre a capacidade funcional. Resultados: Os resultados parciais referentes aos dados de 30 motociclistas, vítimas de acidentes de trânsito, analisados até o momento. Observa-se que a maioria é do sexo masculino. Tendo maior frequência o grupo etário de 30 a 39 anos. A maior parte apresentava baixa escolaridade, com renda familiar entre um e dois salários mínimos. O tipo de acidente mais frequente foi a colisão moto versus carro, seguido por queda de moto e colisão moto versus moto. A fratura de MMII foi a lesão que se destacou como a mais frequente, seguida pelos traumatismos múltiplos e fratura de MMSS. As atividades nas quais foram verificadas as maiores dificuldades para realização foram subir e descer escadas e deambular. Conclusões: As lesões de extremidades afetam não somente o membro lesionado da vítima, mas causam limitações nas atividades de vida diária destes indivíduos. A dependência funcional pode estar relacionada ao tipo de lesão que os participantes sofreram, que na maioria dos casos foi a fratura de MMII. Além disso, as implicações dessa dependência atingem não somente a vítima como também seus familiares, gerando mudanças na rotina da família.