A Síndrome de Guillain-Barré caracteriza-se por uma polirradiculoneuropatia predominantemente desmielinizante, autoimune e de etiologia pouco definida, que pode ser desencadeada por: infecção viral, bacteriana, procedimento cirúrgico, vacinação, anestesia epidural, transplante de órgão ou medula óssea, uso de penicilina, traumatismo, dentre outros. É a maior causa de paralisia flácida generalizada do mundo, desde a erradicação da poliomielite. Objetivou-se descrever as principais características clínicas da síndrome de Guillain-Barré. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa do tipo revisão sistemática de literatura com análise interpretativa obtida através das bases dados: LILACSe protocolo clínico do Ministério da Saúde. Para tanto, utilizou-se como critério de inclusão de artigos científicos: texto completo, publicado, redigido em português que discute a temática em questão, com recorte temporal de 1996 a 2014. Categorizou-se 7 manifestações clínicas: parestesia e a astenia progressiva do corpo humano que se desenvolve de forma ascendente (membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço); alterações nas sensações, tais como entorpecimento, diminuição da sensibilidade, dor tendinosa ou muscular, que acompanha ou precede a astenia; dor neuropática lombar ou nas pernas; oftalmoparesia; ptose; e, insuficiência respiratória com necessidade de Ventilação Mecânica (VM). O tempo de progressão dos sinais e sintomas não pode ultrapassar 8 semanas, caso contrário excluiria o diagnóstico da doença. O diagnóstico da SGB se baseia nas manifestações clínicas associadas a exames complementares que excluem outros diagnósticos (análise do líquido cefalorraquidiano, achados eletrofisiológicos e eletroneuromiografia). A SBG é uma doença que independe de fatores como idade, sexo, classe social e hábitos de vida, apresentando sintomatologia que exige diagnóstico precoce, pois torna-se potencialmente fatal quando está relacionada à dificuldade de deglutição, podendo levar à broncoaspiração, desregulação autonômica e principalmente à falência respiratória. A pessoa que desenvolve a síndrome, pode permanecer imobilizada por tempo indefinido, quando classificada em moderado-grave na escala de gravidade clínica, necessitando de reconhecimento imediato dos sintomas pela equipe interdisciplinar de modo a iniciar a terapia precocemente.