De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde há um considerável número de pessoas em todo o mundo que recorrem ao uso de métodos terapêuticos alternativos por não terem acesso aos serviços de saúde convencional. Por essa razão, a organização propôs aos países-membros a formulação de políticas públicas voltadas para a inserção da medicina alternativa nos sistemas de saúde com a finalidade de garantir a segurança na utilização de tais métodos e ampliar as possibilidades terapêuticas na saúde. No Brasil, a inserção da medicina alternativa nos serviços de saúde teve ênfase após a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) que sugeriu o uso da medicina tradicional como recurso terapêutico na atenção básica. O objetivo desse trabalho é conhecer a visão dos profissionais da Estratégia Saúde da Família do município de Boqueirão-PB quanto a inserção da medicina tradicional na atenção básica. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem quanti-qualitativa, realizada entre os meses de fevereiro e março de 2013 com os profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família do município em questão. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo de Bardin. O estudo seguiu a resolução 466/12. Os resultados mostram que os profissionais, em sua maioria, acreditam que a utilização da medicina tradicional pode contribuir para a qualidade da assistência e apontaram três benefícios: efeitos colaterais reduzidos; maior acessibilidade; e baixo risco à saúde. Mediante a pesquisa, percebeu-se que as terapias tradicionais além de atuarem de forma satisfatória possibilitam uma assistência integral e humanizada.