INTRODUÇÃO: A Úlcera Terminal de Kennedy é um subgrupo específico de úlcera por pressão que alguns indivíduos desenvolvem quando estão em processo de finitude da vida. Ela foi notificada pela primeira vez por Karen Kennedy, em 1983, numa unidade de cuidados intermediários nos Estados Unidos. Seu início é repentino, e a deterioração do tecido acontece rapidamente, indicando que a morte é eminente. Por ser um tema pouco explorado, pretende-se divulgar a temática para subsidiar práticas assistenciais e instigar novas pesquisas. OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem ao paciente com Úlcera Terminal de Kennedy baseado em literatura. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa do tipo revisão de literatura, exploratória, realizada em biblioteca pública e no site do portal CAPES, sobre a temática, sem limite de tempo ou idioma, no período de abril a maio de 2015. Foram excluídos materiais não disponíveis na íntegra, e selecionados cinco artigos, uma guideline, um livro e um TCC. Para a catalogação do material utilizou-se uma ficha contendo título, tipo do material, ano, características da Úlcera Terminal de Kennedy e cuidados de enfermagem. RESULTADOS: As Úlceras Terminais de Kennedy estão dentro de um grupo de fenômenos identificados como Skin Changes at Lifes’s End (SCALE) ou Modificações de pele no final da vida. Apesar de todos os cuidados de prevenção, essas feridas aparecem como mudanças da fisiologia da pele no fim da vida, como prenúncio de que a morte ocorrerá em poucos dias. Ela se apresenta geralmente em forma de uma pera, borboleta, ou ferradura, com uma variação de cores que incluem amarelo, vermelho, roxo ou preto, e se localiza predominantemente na região sacral e coccígea, mas pode ser evidenciada em outras áreas, como nos calcanhares e músculos posteriores da panturrilha. O tratamento para uma Úlcera Terminal de Kennedy deve ser diferenciado, visto que no contexto dos cuidados paliativos a cicatrização e o fechamento das feridas são metas incompatíveis com a finitude da vida. A medida mais adequada é o alívio dos sintomas, com o controle da dor e do odor, medidas higiênicas e o cuidado integral com alcance ao paciente e sua família. CONCLUSÃO: A literatura aponta alguns cuidados de enfermagem, mas sem ter por base investigações clínicas acerca da temática. Assim fazem-se necessárias novas pesquisas que envolvam a prática baseada em evidência.