Introdução: síndrome hipertensiva específica da gestação é uma alteração patológica que acometem gestantes principalmente após a 20ª semana de gestação, caracterizada por hipertensão acompanhada por proteinúria, denominada de pré-eclampsia. Essa pode progredir e se instalar à convulsão, passando a sua forma grave chamada de eclampsia. Apesar dos avanços na obstetrícia e da existência de políticas públicas de atenção à saúde materno-infantil a pré-eclâmpsia ainda se configura em problema de saúde pública em virtude da morbidade e mortalidade materna. Objetivos: identificar a prevalência de óbitos maternos nas regiões brasileiras por síndrome hipertensiva específica da gestação. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico com dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde brasileiro, ano 2013, das regiões do Brasil. Foram coletados 1686 óbitos maternos, cadastrados no Sistema de Informações de Mortalidade materna. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, e por estarem disponibilizados de modo coletivo, não havendo identificação dos indivíduos, dispensou-se a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos, conforme os aspectos éticos da Resolução nº 466/2012. Resultados: o Brasil, em 2013 apontou que 22,06% dos óbitos maternos foram relacionados à síndrome hipertensiva específica da gestação, onde as regiões Centro-oeste e Nordeste apresentaram prevalências maiores do que a nacional com 26,31% (35) e 24,47% (151), respectivamente, enquanto as demais apontaram proporções menores, tendo a região Norte percentual de 21,55% (50), Sudeste 20,21% (115) e em destaque no Sul com a menor prevalência de 15,5% (21). Conclusão: observa-se variação expressiva na prevalência de óbitos causados pela Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação nas regiões brasileiras de 26,31% na região Centro-oeste para o Sul com 15,5% e em termos de números absolutos varia de 151 óbitos na região Nordeste para 21 óbitos na Sul.