Introdução: A gravidez não confere à mulher nenhuma proteção especial em relação à complicações referentes ao HIV, podendo ela infectar-se pelas mesmas doenças que acometem as mulheres não grávidas. Complicações obstétricas e neonatais podem ocorrer em decorrência da ausência do devido tratamento, acarretando aumento da morbimortalidade materno-infantil. Objetivo: Identificar os fatores de riscos em gestantes soropositivas, focando a importância da equipe multidisciplinar. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática. Foram pesquisados os artigos nas bases de dados: Lilas, Pubmed e Medline. O período da coleta foi de Fevereiro a Maio de 2015, publicações dos últimos cinco anos. Após os critérios de inclusão e exclusão totalizarem-se 12 artigos. Resultados: A solicitação do teste durante o pré-natal deve ocorrer acompanhada de aconselhamento pré e pós-teste. Uma vez identificada como portadora do HIV, a gestante deve iniciar o tratamento com a quimioprofilaxia e o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar. Em mulheres grávidas soropositivas para o HIV, o aconselhamento deve prosseguir durante todo o pré-natal, pois essas mulheres enfrentam muitas dificuldades do ponto de vista familiar e social que dificultam o seguimento das recomendações para a profilaxia e aceitação da doença. O aconselhamento é entendido como uma prática preventiva ampla, que transcende o âmbito da testagem e contribui para a qualidade das ações educativas em saúde. Conclusão: Quando a equipe consegue trabalhar com demandas antevistas, isto é, com a formulação, criam-se condições favoráveis a um trabalho mais efetivamente integrado da equipe multidisciplinar. Essa integração favorece intervenções que permitem um diálogo mais rico entre a aplicação do tratamento medicamentoso e outras dimensões relevantes do cuidado referentes às vivências sociais, psicológicas e emocionais das gestantes portadoras de HIV positivo.