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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
UM OLHAR MULTIPROFISSIONAL DOS CUIDADOS EM SAÚDE DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
Relatoria:
LARYSSA PRISCILLA MÉLO DOS SANTOS ALVES
Autores:
  • Naiara Raissa Souza Santos
  • Mariana Boulitreau Siqueira Campos Barros
  • Anselmo Cesar Vasconcelos Bezerra
  • Magaly Bushatsky
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O aumento significativo na geração de resíduos sólidos pelo alto consumo na atual sociedade acarretou o surgimento de um grupo social excluído socialmente: Os catadores de material reciclável. Essa população se torna bastante vulnerável devido ao contexto sócio-econômico-sanitário e precisa ser prioridade nas políticas públicas através de ações intersetoriais. Objetivos: Descrever e analisar os aspectos socioeconômicos e sanitários da comunidade de Beira de Maré, na qual vive e trabalha um grupo de catadores, bem como compreender os cuidados em saúde deste grupo. Método: Estudo descritivo de natureza quanti-qualitativa com abordagem seccional. A população do estudo foi composta por catadores de resíduos adscritos da Unidade de Saúde da Família Cafesópoles (Beira de Maré, Recife –PE) . A amostra foi selecionada por conveniência. A coleta foi realizada através de dados da ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica e por entrevista semi-estruturada produzida pelos pesquisadores. A análise dos dados teve como suporte o programa EPI-INFO versão 3.5.2, ao nível de significância de 5%. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas. Para a análise e interpretação dos dados qualitativos foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Resultados: Há inexistência de coleta de lixo. 50,6% das famílias destinam o lixo para canal, rio ou maré e 49,4% para terreno baldio. As doenças autorreferidas mais frequentes foram hipertensão arterial, diabetes e dor na coluna vertebral. A maioria deles minimiza a importância dos fatores causadores da doença, sendo altamente dependentes das medicações. Em relação ao risco de contaminação advinda dos resíduos, consideram que o lixo é perigoso, mas parecem minimizar e/ou desconhecer o potencial de adoecerem através do trabalho. Em geral, não utilizam EPI’s por inadaptação ao uso ou pelo alto custo dos mesmos. Conclusões: Maior autoconhecimento e empoderamento sobre a sua própria saúde se faz necessário aos catadores de material reciclável, através de ações de promoção de saúde mais eficazes e diferenciadas, de forma intersetorial, visto que, a procura por um profissional de saúde está focada na doença corroborando com o modelo médico centrado (pouco resolutivo) em detrimento da prevenção da saúde.