Introdução: O câncer de mama é o mais habitual no mundo e o mais frequente no sexo feminino, tornando uma questão preocupante em saúde pública¹. É uma doença temida pela população feminina, pois as suas consequências causam prejuízos físicos e psicossociais¹. Uma das formas de tratamento mais eficazes é a mastectomia. Embora eficiente tal procedimento revela-se como mutilador, visto que retira órgãos carregados de simbolismo sexual e de feminilidade9. Simultaneamente ao sofrimento vivenciado pela mulher, o cônjuge, também é afligido pelo momento4. Objetivo: Apresentar uma revisão integrativa dos artigos que abordem o tema percepção e vivência dos cônjuges frente à mastectomia. Metodologia: A questão norteadora foi: O que tem escrito sobre a percepção do cônjuge de mulheres mastectomizadas? A pesquisa foi feita nas bases: BDENF, LILACS, IBECS, MEDLINE e COCHRANE, com os descritores Mastectomia e Relações Familiares. Os resumos foram avaliados, e os artigos selecionados foram lidos na íntegra. Resultados: Foram encontrados 22 artigos e apenas 2 foram incluídos no estudo, estes com abordagem qualitativa e nível V de evidência. Os dados foram classificados em: Sentimentos, fé, mudança na rotina familiar e sexualidade. Sentimentos: choque, preocupação, impotência, tristeza, constrangimento e tranquilidade, esta ligada a fé em Deus. Fé: A fé e a religiosidade são consideradas pontos de apoio para a nova situação. Mudança na rotina familiar: A limitação física refletiu em dificuldades, devido ao afastamento das mulheres nas atividades domésticas. Sexualidade: Os cônjuges notaram mudanças nas mulheres, mas agiram normalmente. Nos artigos há relatos de melhora e ruptura na vida conjugal. Conclusão: A mastectomia implica em mudanças na rotina, o apoio nesta nova fase é indispensável e deve ir além do suporte a mulher mastectomizada, chegando até familiares e pessoas de sua convivência. Foi evidenciado que a atenção dada aos cônjuges é pouca, fato afirmado pela quantidade de estudos achados, mas a importância dessas pessoas no processo de cura é notória. Um relacionamento estável, dedicação e cuidado dos cônjuges às esposas, garante estabilidade e uma melhor adaptação. Necessita-se de uma maior atenção e estudos com maior grau de evidência, para melhorar a assistência. Entender os sentimentos vivenciados pelos cônjuges, familiares e pela mulher mastectomizada significa prestar uma assistência integral, humanizada e de boa qualidade.