A paternidade é um processo em que o homem precisa se envolver, através de seus conhecimentos e habilidades, de forma afetuosa, nos cuidados com o filho. O conhecimento dos pais quanto à importância de seu acompanhamento no processo de nascimento desde a gestação para o estabelecimento de vínculos entre pai e bebê, assim como seu apoio, compreensão e suporte na tomada de decisões juntamente com as mães podem ser itens relevantes na prestação de uma assistência adequada a criança. Objetivou-se identificar e enfatizar a necessidade da figura paterna no processo gestacional e desenvolvimento infantil. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, realizada a partir de uma pesquisa integrativa, com abordagem qualitativa no período compreendido entre 2009 a 2014. O delineamento desta revisão pautou-se na pesquisa eletrônica da base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores: “Paternidade”, “Desenvolvimento Infantil” e “relações familiares”. A amostra foi constituída por 12 artigos científicos, selecionados pelos critérios de inclusão: o material constituído de artigos realizados em instituições nacionais, completos em língua portuguesa, gratuitos, relacionados com a temática em questão. A necessidade da figura paterna no processo de desenvolvimento infantil ocorre a partir do vinculo entre mãe-pai-bebê iniciando no momento da gestação, uma vez que, desde o útero, a criança já escuta e discrimina a voz dos pais devido à diferença de tonalidade, após o nascimento, a ajuda paterna nos cuidados com a criança proporciona uma interação precoce e mais intensa entre pai-bebê, o que favorece o crescimento saudável da criança, que constitui um dos fatores decisivos para o desenvolvimento cognitivo e social, facilitando a capacidade de aprendizagem e a integração da criança na comunidade. Nessa perspectiva, o complexo processo de construção da paternidade extrapola as relações familiares e recai na prática da enfermagem, como profissão do cuidado. É importante que os enfermeiros constituam referências para os pais, orientando-os, criando condições para que os mesmos possam desenvolver habilidades no cuidado dos filhos, inclusive para implementar práticas disciplinares de saúde e a devida supervisão.