O aleitamento materno é a ferramenta necessária para prevenir mortes no primeiro ano de vida. É um alimento completo até os seis meses, não precisando de complemento. Traz múltiplos benefícios para a mãe e para a criança, assim como para a família e a sociedade. O desmame precoce é uma realidade que afeta a maioria dos municípios brasileiros e está relacionado a fatores culturais, sociais, econômicos e familiares. O enfermeiro que atua na Estratégia de Saúde da Família tem o compromisso de desenvolver seu processo de trabalho no acompanhamento do binômio mãe-filho desde o pré-na¬tal até os dois anos de vida da criança, com o objetivo de identificar intercorrências, incentivar e orientar o aleitamento materno e a introdução de alimentação comple¬mentar. Dessa forma, esse profissional através do vínculo com gestantes, mães e seus recém-nascidos, possuem grandes chances de desenvolver ações que estimulem a prática do aleitamento materno. Nesse sentido as ações educativas com grupos de gestantes tornam-se uma estratégia que permite conhecer o universo das gestantes, as experiências com amamentação, os obstáculos para amamentar, os mitos e as dúvidas existentes; contribuindo como forma de intervenção para minimizar e/ou reduzir os fatores que interferem no aleitamento materno. O estudo tem por objetivo relatar a experiência vivenciada por enfermeiras durante a realização da educação em saúde para um grupo de gestantes e seus familiares assistidas na Unidade Básica de Saúde. Trata-se de um estudo na modalidade de relato de experiência, que descreve a vivência de enfermeiras durante a promoção da educação em saúde a um grupo de gestantes assistidas numa Unidade Básica de Saúde do município Porto da Folha/SE. Os encontros ocorreram mensalmente, no período de maio a dezembro de 2014, onde foram tratadas temáticas relacionadas ao aleitamento materno. Essa ação contribuiu para que as gestantes e seus familiares ampliassem seus conhecimentos sobre a prática do aleitamento materno, além de esclarecer dúvidas, trocar experiências, quebrar tabus, incorporar novas práticas, contribuindo para a autonomia do cuidado, aumento do interesse em amamentar e maior confiança no profissional enfermeiro no processo de amamentação. A promoção da educação em saúde sobre amamentação na gestação e após o parto, assim como durante o primeiro ano de vida da criança gera um impacto positivo na prevalência do aleitamento materno, concorrendo para maior adesão ao aleitamento materno.