A doença renal crônica (DRC) é definida pela lesão do parênquima renal presente por um período igual ou superior a três meses. Pacientes com DRC podem apresentar múltiplas doenças, acarretando no uso de dois ou mais medicamentos para tratá-las. Dessa forma, estes pacientes podem praticar a polifarmácia, ao fazerem uso contínuo de cinco ou mais medicamentos. Diante disso, este trabalho objetivou investigar a prática da polifarmácia e o consumo de medicamentos prescritos e não prescritos utilizados por pacientes com DRC em tratamento hemodialítico atendidos na Clínica de Nefrologia de Imperatriz (CNI), localizada no Município de Imperatriz – MA. Caracteriza-se por ser um estudo de campo, transversal, com abordagem quantitativa. Para tanto, foram analisados 146 pacientes, com faixa etária de 18 a 88 anos, no período de janeiro de 2013 a abril de 2014. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, sob o parecer nº 056/2012. A coleta dos dados foi realizada a partir do prontuário e de um roteiro de entrevista semiestruturado, contendo variáveis sociodemográficas e relativas ao consumo de medicamentos. Também foi avaliada a relação entre as variáveis socioeconômicas e a prática da polifarmácia por meio do Teste Qui-quadrado, considerando os resultados significativos para p < 0,05. A partir dos resultados obtidos, observou-se a predominância de pacientes do sexo masculino (59,6%), com idade inferior a 60 anos (66,4%), possuidores do ensino fundamental incompleto (51,4%) e aposentados (78,0%). Dos pacientes investigados, todos estavam em uso de dois ou mais medicamentos e 40,4% realizam a prática da polifarmácia. O número total de medicamentos prescritos para uso foi 660 medicamentos, com destaque para o ácido fólico (20,3%), Vitaminas do Complexo B (12,7) e o losartan (7,3%). 13,0% dos pacientes relataram que fazem o uso de medicamentos não prescritos, totalizando 26 medicamentos e, dentre esses, se destacou a dipirona (30,8%). Através da análise estatística, observou-se que houve associação significante entre a prática da polifarmácia e as variáveis: sexo e idade. Os resultados obtidos mostraram que todos entrevistados fazem uso de dois ou mais medicamentos e, além disso, uma parcela significativa dos pacientes pratica a polifarmácia. Assim, evidenciou-se a necessidade de intervenções de enfermagem através de ações educativas para a promoção do uso racional de medicamentos.