A lesão medular é compreendida como algo indesejado que tem como consequência o embate entre modificações físicas permanentes e a indispensabilidade completa de readaptações em diversos níveis. A referida condição clinica é passível de alterações nas metas de vida previamente realizáveis, contudo, a maioria dos sujeitos são aptos a preservar ou readquirir níveis normais de funcionamento psicológico durante a fase de reabilitação.Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, realizada com objetivo de discutir a forma como a lesão medular afeta a qualidade vida de seus portadores. Foram utilizados como referências artigos da base de dados eletrônicas Scielo e Lilacs, sendo incluídos artigos completos, de caráter multidisciplinar, publicados em língua portuguesa e com delimitação do período de publicação superior a 2011. A pesquisa foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro de 2015. Para seleção dos artigos, utilizaram-se como critérios de busca aqueles que abordassem os seguintes temas: “adaptação/enfrentamento”, “autoaceitação”, “sexualidade”, “reabilitação” no tocante ao indivíduo portador de lesão medular. O processo de adaptação só é possível quando há interação entre o indivíduo e o ambiente. Diversas pessoas, sem muito esclarecimento a cerca de suas limitações, continuam com a ideia de que um dia voltarão a serem como antes, não enfrentando a realidade da doença. O impacto provocado na vida do lesado medular, seja qual for a fase, é incalculável, ocasionando um rompimento decisivo entre a vida que o indivíduo tinha antigamente, e a nova, na qual precisa se readaptar.Depressão, abandono, fragilidade,rejeição do atual meio de vida, autoimagem distorcida e risco, constituem parte da rotina de pessoas que vivem com modificações abruptas na vida. O rumo que a atividade sexual toma depois da lesão compreende um intervalo inicial de assexualidade acompanhado por um período de redescobrimento que acontece ao longo do processo de reabilitação. O apoio social é importante no método de reabilitação, propiciando melhor ajustamento às restrições decorrentes da lesão medular. O cuidado em reabilitação não compreende só a recuperação do paciente, mas a inclusão do mesmo na sociedade. A qualidade de vida dos portadores de lesão medular não é prazerosa. E os limites impostos pelo trauma repercute de forma negativa na rotina dos indivíduos afetados, provocando grande influência nos domínios físico e ambiental.