O Sistema Único de Saúde, por meio da Atenção Básica, abrange serviços e responsabilidades que comprometem o bem-estar e a vida das comunidades. Por esta razão, disponibilizam de registros e informações que são de grande relevância na efetivação de um trabalho compatível as suas atribuições. No entanto, as mudanças ocorridas nos diversos setores públicos e privadas reconfiguraram a forma de trabalho, incrementando novas tendências informatizadas e eficientes. Atualmente, é possível estabelecer um melhor controle de informações cadastrais como também um melhor acompanhamento aos usuários do sistema de saúde. O presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar o Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica numa perspectiva profissional dos principais agentes responsáveis pela utilização do mesmo em sua implantação. A pesquisa trata-se de um estudo de campo, de caráter descritivo, com abordagem qualitativa, realizada nas Unidades Básicas de Saúde, da Região Centro-Norte em Teresina-PI. Os participantes da investigação foram 24 profissionais de saúde (Agentes Comunitários de Saúde, Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Dentistas). Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semi-estruturada. As categorias elaboradas foram: percepção dos profissionais da saúde sobre a implantação do sistema; aspectos favoráveis à implantação do SISAB; aspectos dificultatórios para uso do SISAB; a importância da implantação do SISAB. Constatou-se pela fala da maioria dos profissionais em sua perspectiva, um sentimento de mudança positiva com a implantação do sistema, garantindo-lhes subsídios de agilidade na realização de suas atividades laborais e melhorando sua assistência prestada à população. Entretanto, evidenciaram-se falhas com relação ao sistema, embora sua implantação seja considerada como um marco positivo e avanço na atenção básica. Espera-se contribuir como valor científico subsídios para a realização de novas pesquisas, bem como o conhecimento aprofundado que possa colaborar com a compreensão do uso desse novo sistema, assim como possa gerar reflexões a respeito de mudanças por parte tanto dos profissionais quanto dos gestores para gerir esse sistema, e, assim, garantir uma assistência de qualidade e prestação de serviços adequados à comunidade em geral.