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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE NO CAMPO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ASSENTAMENTO RURAL
Relatoria:
DÉBORA MORGANA SOARES OLIVEIRA DO Ó
Autores:
  • Kilders Mitshel Lucas de Oliveira
  • Raquel Maria Alexandre da Silva
  • Izabela Alves Pereira
  • Mariana Boulitreau Siqueira Campos Barros
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A saúde no âmbito do campo e urbano apresenta uma disparidade visível. A ausência de dispositivos e profissionais especializados, além das condições de saneamento e moradia, irradiam a necessidade de políticas públicas capazes de viabilizar o acesso à saúde para a população camponesa. Os assentamentos rurais têm sido uma expressão da luta social dos trabalhadores do campo pela melhoria das condições de vida, representando um importante espaço para ações coletivas. OBJETIVOS: Relatar a experiência da vivência em um assentamento rural no município de Moreno – PE, proporcionada pela disciplina de Saúde Coletiva II para o curso de Enfermagem, da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória (UFPE-CAV). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de abordagem descritiva, acerca de uma aula de campo no Assentamento Luiza Ferreira, no município de Moreno-PE, realizada no dia 16/04/2015. A dinâmica da vivência se deu em dois turnos, a partir do contato com os assentados em plenária e de visitas domiciliares seguindo o roteiro socioeconômico, E-SUS da Atenção Básica e o levantamento acerca da concepção dos comunitários sobre saúde e doença no campo e na cidade, a partir de um roteiro semi-estruturado. RESULTADOS: Ao contato com os comunitários, em visita domiciliar, o discurso sobre a visibilidade da saúde no campo era traduzida principalmente na prática agrícola orgânica, além da tranquilidade e da reforma agrária como participante do processo de luta por direitos, enquanto a concepção de doença perpassa apenas pela indisponibilidade de serviços de saúde para a população campesina. A saúde na cidade se confunde com a doença que a própria traz, ao ser interrogado diante do conceito de ser saudável na cidade consegue se direcionar ao estresse do dia-a-dia na metrópole, a poluição do ar e sonora. A plenária, que contou com a participação da maioria dos membros do assentamento, pautava as demandas internas e exposição acerca do movimento social, além da intervenção acadêmica acerca de plantas medicinais e exposição cultural através de músicas. CONCLUSÃO: Diante da perspectiva prática no âmbito acadêmico, vivenciar a saúde para além dos dispositivos disponíveis no Sistema Único de Saúde possibilita a construção do olhar integral dos profissionais para a população que está à margem da sociedade. Desta forma as práticas coletivas auxiliam para o avanço da saúde no campo como um direito social.