Introdução: A dor durante a evolução do trabalho de parto é um sintoma comum na etapa que antecede o parto e cabe aos profissionais que atuam na assistência ao parto promoverem cuidados a fim de diminuir os estressores e possíveis despreparos enfrentados pela mulher. Os métodos não Farmacológicos de alívio da dor tem finalidade de tornar o parto o mais natural possível, diminuindo as intervenções, cesarianas e administração de fármacos, como defende a Organização Mundial de Saúde. Objetivo: Descrever os métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto baseado nas publicações científicas. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão de literatura, através das plataformas de base LILACS, SCIELO e BDENF. Foram incluídas produções científicas brasileiras com textos completos indexados que abordam os descritores elencados e publicados no período de 2007 a 2014. Resultados: Com base nos resultados desses estudos, elencamos os métodos não farmacológicos mais aplicados e que apresentaram maiores evidências de alívio da dor de parturientes na fase ativa do trabalho de parto, que são: exercícios respiratórios, relaxamento muscular, massagem lombossacral, deambulação, balanço pélvico e banho de chuveiro. O nível de aceitação da deambulação e do balanço pélvico foi mínimo, mas os demais métodos obtiveram percentuais de aceitação superiores a 80% pelas parturientes, oferecendo-lhes benefícios como o bem-estar fisiológico materno, aumento da sensação de relaxamento e de conforto no trabalho de parto. Muitas medidas não farmacológicas são ótimas para envolver o acompanhante durante o trabalho de parto e parto, além de favorecem o resgate do parto normal e fisiológico, uma vez que possibilitam que a mulher tenha uma experiência mais natural e satisfatória. Conclusão: O uso dos métodos não farmacológicos tem crescido e novos estudos procuram melhores evidências para sua utilização como estratégia de alívio da dor no trabalho de parto. Considera-se que a implantação dessas técnicas são fundamentais para a desmedicalização do trabalho de parto, influenciando positivamente na diminuição dos índices de morbimortalidade materna e neonatal. Logo, percebe-se a necessidade de estimular às enfermeiras que prestam assistência à parturiente a utilização desses métodos, a fim de diminuir o número de intervenções do processo de parto, além de devolver à mulher a autonomia sobre o seu corpo, tornando-se a protagonista do nascimento de seu filho.