A adolescência se apresenta como um importante momento de transição para formação de identidade, marcado por dúvidas e transformações. A sexualidade está inclusa neste processo como um ponto que não deve ser negligenciado, mas ter seus aspectos esclarecidos, promovendo a saúde sexual desta faixa etária e consequentemente diminuindo os problemas de saúde pública como a gravidez precoce e as doenças sexualmente transmissíveis. O presente estudo teve como objetivo, analisar na literatura os aspectos envolvidos na promoção da saúde sexual dos adolescentes brasileiros. Trata-se de uma revisão integrativa de caráter qualitativo onde foram analisados artigos científicos referentes à promoção à saúde sexual dos adolescentes. Os dados foram coletados através da base de dados LILACS, indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados dos anos de 2012 a 2014. Foram utilizados os seguintes descritores: Promoção da Saúde, Adolescente, Saúde Sexual; foram encontrados 1.874 trabalhos, que ao serem filtrados com os seguintes critérios de inclusão: texto completo disponível, idioma português, limite adolescente e em forma de artigos, restaram 14 trabalhos para serem analisados. Os quatorze artigos selecionados foram analisados e organizados nas seguintes categorias: desafios para criação de ações promotoras da saúde, onde se retrata que os adolescentes raramente procuram os serviços de saúde, dificilmente dialogam abertamente sobre sua sexualidade com os profissionais e possuem as violências sofridas por alguns, subnotificadas, o que impossibilita a criação de medidas eficazes; a educação em saúde sexual com os adolescentes, que demonstra que para se atingir o objetivo de orientá-los, é necessária uma abordagem humanizada e integral de profissionais capacitados, levando em consideração os aspectos sociais e a autonomia desse grupo etário, executando ações específicas para este extrato da população; e a interdisciplinaridade na promoção da saúde do adolescente, onde explicita-se a necessidade da integração entre a família, a escola e os serviços de saúde como um suporte satisfatório para orientação desses adolescentes. Tendo em vista os estudos minuciados, pode-se constatar a necessidade de políticas públicas que observem os adolescentes de forma holística e específica a fim de promover a qualidade de vida dos mesmos.