Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
O PLANEJAMENTO REPRODUTIVO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE: A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
Relatoria:
CAMILA MENDES DA SILVA SOUZA
Autores:
- Maria Rita de Sousa Torres
- Lenise Fernanda de Souza e Silva
- Mikaella Tuanny Bezerra Carvalho
- Roberta Lima Gonçalves
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O planejamento reprodutivo ou familiar, regulamentado pela Lei nº 9.263/96, constitui um direito de todo cidadão brasileiro a ter ações, informações, métodos e técnicas seguras para a concepção e/ou contracepção. Este serviço, deve ser ofertado através das equipes da estratégia de saúde da família (ESF), no qual o enfermeiro faz parte. Contudo, observa-se que embora o Brasil tenha uma boa cobertura desta estratégia, no cotidiano dos serviços, há um distanciamento do que é determinado legalmente e o que é ofertado aos usuários. Objetivo: Analisar na literatura científica a atuação do enfermeiro no planejamento reprodutivo. Metodologia: Tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de junho de 2015, com os seguintes descritores: “planejamento familiar” AND “enfermagem de atenção básica” OR “enfermagem de atenção primária”. Como filtros, utilizaram-se apenas textos completos e com assunto principal de planejamento familiar. Como critérios de inclusão adotou-se: artigos publicados entre 2010 a 2015 e a presença de pelo menos dois descritores. Encontrou-se 15 publicações para serem analisadas, sendo que, destas cinco foram excluídas por estarem repetidas. Resultados: Observou-se que apenas 30% das publicações analisadas citam os enfermeiros como atuantes no planejamento reprodutivo. Destas, 20% aborda a respeito da participação masculina no serviço de planejamento reprodutivo e 10% trata sobre a contracepção de emergência e a atuação profissional. Conclusão: São escassas as publicações que tratam a enfermagem no serviço de planejamento reprodutivo. Contudo, quando presentes, percebe-se que os enfermeiros são atuantes e ofertam orientações às mulheres, com maior frequência do que outros profissionais, embora os mesmos atribuam essa função também aos médicos, que frequentemente não a cumprem. Das lacunas identificadas, observa-se que existe pouca ação do enfermeiro no atendimento aos homens, principalmente, nas orientações sobre a vasectomia. Assim, deve-se alertar para a necessidade de todo profissional tomar para si a responsabilidade do planejamento reprodutivo e de um envolvimento de todos os usuários, independente do sexo.