Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
A (IN)VISIBILIDADE DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: O OLHAR DA ENFERMAGEM
Relatoria:
CAMILA MENDES DA SILVA SOUZA
Autores:
- Histalfia Barbosa Batista Neves
- Jamira Martins dos Santos
- Cristiana Barbosa da Silva Gomes
- Roberta Lima Gonçalves
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência contra mulheres constitui-se uma questão de saúde pública por ser uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. Dentre as formas mais comuns de violência destacam-se a sexual, física, psicológica, além de financeira e institucional. Caracteriza-se por ocorrer predominantemente no ambiente privado, além disso, as mulheres violentadas costumam frequentar com assiduidade os serviços de saúde e, em geral, as queixas são inespecíficas e os exames não apontam resultados alterados e podem trazer consequências a saúde da mulher. Objetivo: Analisar na literatura científica a atuação do enfermeiro relacionado à violência contra a mulher. Metodologia: Tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de junho de 2015, com os seguintes descritores: “violência contra a mulher” AND “enfermagem” AND “assistência de enfermagem”. Como filtros, utilizaram-se apenas textos completos e com idioma português. Como critérios de inclusão adotou-se: artigos publicados entre 2010 a 2015. Encontrou-se 20 publicações para serem analisadas, sendo que destas, 04 foram excluídas por estarem repetidas. Resultados: Do total de publicações apenas 31,25% abordam o enfermeiro na assistência a mulheres em situação de violência. Dentro deste total, 25% tratam dos cuidados de enfermagem a essas mulheres e 6,25% aborda a violência obstétrica através do relato de enfermeiros. Conclusão: São escassas as publicações que abordam a enfermagem na problemática da violência contra a mulher. Nas publicações que abordam, evidenciou-se que os profissionais destacam o acolhimento, vínculo, diálogo e a escuta qualificada, como medidas essenciais para assistir as mulheres. Contudo, observou-se a falta de capacitação dos profissionais em identificar as mulheres em situação de violência e direcionar o cuidado adequado, destacando o encaminhamento. Assim, os enfermeiros necessitam ampliar o olhar sobre a violência, não se restringindo aos aspectos biológicos, mas a todo o contexto social, relacional, econômico, cultural e histórico que influencia na questão da violência.