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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
ANJOS DA ENFERMAGEM FRENTE À MORTE DE UMA CRIANÇA HOSPITALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO BAHIA
Relatoria:
ADRIANA SCHER SOARES DE AMORIM
Autores:
  • Neuranides Santana
  • Tatiana Franco Batista
  • Juliana Araújo Castilho
  • Jucimara dos Santos Circuncizão
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O programa Anjos da Enfermagem (AE) é considerado um exemplo de solidariedade e responsabilidade social da Enfermagem Brasileira. A educação em saúde através do lúdico é levada às crianças hospitalizadas, utilizando estratégias como: musicoterapia, artes com balões e brinquedo terapia, por estudantes de enfermagem, que vivenciam um exemplo prático de cuidado humanizado. O núcleo é composto por oito voluntários que realizam visitas semanais a unidade de pediatria de um hospital de referência da cidade de Salvador. Durante essas visitas o vínculo entre os voluntários e as crianças tornou-se frequente e de fácil percepção. Nesse período, dentre as experiências vivenciadas, a morte mostrou-se ser a mais impactante. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada pelos voluntários dos AE diante à morte de uma criança hospitalizada. METODOLOGIA: Relato de experiência desenvolvido a partir da vivência intra hospitalar do programa AE do núcleo Bahia, junto à uma criança, no período de maio e junho de 2015, em unidade de internação pediátrica de hospital público de grande porte, situado em Salvador-Ba. RESULTADOS: As visitas à menor foram iniciadas pelos AE em maio/2015. O vínculo entre ela, sua família e os voluntários foi se fortalecendo a cada encontro e o grupo foi ampliando a sensibilização pela história de vida da menor que, mesmo hospitalizada e com declínio das condições clínicas, demonstrava ânimo para viver. Diante da evolução, gradativamente os voluntários foram modificando as estratégias utilizadas sendo relatado pelo grupo, os sentimentos de medo e insegurança, junto à vontade de alegrá-la e contribuir com seu fortalecimento emocional. Dois dias após a última visita dos AE, foi noticiado o óbito, através de telefonema da mãe da criança, para uma voluntária, pedindo que esta comparecesse ao hospital. Após a solicitação ser atendida, essa mãe pediu que os AE fizessem uma homenagem à filha nas redes sociais. Dessa forma a homenagem foi prestada demonstrando o carinho e os momentos especiais. CONCLUSÃO: O óbito levou o grupo a refletir sobre processo de morte gerando sentimentos de tristeza e impotência, assim como a responsabilidade de acolher a família. Ainda que haja medo e angústia frente à morte, dada falta cultural de preparo para esta fase da vida, houve um amadurecimento do grupo com o reforço da necessidade e importância de escuta aos familiares visando minimizar o sofrimento, neste que é um momento inevitável para todos os seres humanos.