A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa transmitida por via respiratória. Pode atingir todos os órgãos, principalmente os pulmões. Apesar de ser uma patologia curável e possuir tratamento, a TB atinge cerca de 70 mil pessoas ao ano no Brasil. Dentre as pessoas infectadas, profissionais e estudantes da área da saúde são públicos vulneráveis a infecção, devido à frequente exposição a indivíduos capazes de transmitir a bactéria. Sendo assim, faz-se necessário que esse grupo conheça a TB, pois dessa maneira poderá contribuir para o controle da cadeia desta enfermidade e se auto proteger. Todos estudantes cursaram/cursam ou irão cursar componente curricular de Saúde Coletiva (SC), etapa da graduação em que aborda a tuberculose nas perspectivas teórica e prática em unidades de saúde. Objetivo: Descrever o conhecimento dos estudantes de enfermagem sobre a definição, prevenção, transmissão, diagnóstico, controle e tratamento da tuberculose. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa, descritivo, desenvolvido no período de agosto/2014 a julho/2015 em universidade pública baiana com participação de onze acadêmicos de enfermagem que realizaram prova tuberculínica (PT). Os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada, cuja questão norteadora voltava-se para o alcance do objetivo, acrescido de dados pessoais. Resultados: As participantes são estudantes de enfermagem do 3º ao 8º semestre, dez sexo feminino e um do sexo masculino. Três obtiveram resultado da PT reator (>10mm). Uma delas realizou quimioprofilaxia para TB. As estudantes demonstraram ansiosas e confusas ao responder pelo menos duas das variáveis: prevenção e controle da TB. Ao comparar as respostas das participantes com a literatura de referência, prevaleceram respostas com conteúdos corretos e incompletos e um número inferior de respostas incorretas. Constatado que as estudantes com maior tempo no curso, responderam mais assertivamente. Talvez, pelo acesso à conteúdo específico nas práticas. Ressalta-se que a discente que realizou quimioprofilaxia demonstrou maior conhecimento geral em relação às demais. Resistência ou não respostas aos questionamentos referentes à prevenção e controle foram frequentes. Conclusão: Considera-se que o semestre em curso da estudante e sua história clínica são fatores contributivos para o conhecimento sobre TB. Contudo, torna-se muito preocupante a fragilidade sobre a prevenção e controle, etapas consideradas valiosas no combate à tuberculose.