Introdução: os eventos adversos relacionados à assistência à saúde apresentam o potencial de causar danos aos pacientes decorrentes de processos ou estruturas da assistência e influem diretamente no aumento da morbimortalidade, no tempo de tratamento e nos custos assistenciais. Neste sentido é importante conhecer quais são os processos mais críticos e com maior probabilidade de ocorrência, para que seja possível desenvolver ações eficazes de prevenção específicas a estes eventos. Objetivo: descrever os eventos adversos ocorridos em unidades de terapia intensiva. Metodologia: estudo quantitativo, realizado em 2 Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) de um Hospital Geral de Ensino localizado no submédio do Vale do São Francisco, referência de atendimento para 55 municípios da rede interestadual de saúde de Pernambuco e Bahia. Foram coletados dados de indicadores relacionados à assistência e à segurança do paciente registrados no sistema de vigilância de eventos adversos da instituição no ano de 2013 como: pneumonia associada à ventilação mecânica; traqueostomias; extubação acidental; quedas; perda de sondas nasoenterais e nasogástricas; infecções de acesso venoso periférico; infecções de acesso venoso central; infecções primárias da corrente sanguínea; infecções de trato urinário; pneumonia relacionada à assistência a saúde. Foi realizada a análise estatística descritiva simples destes indicadores. A pesquisa é um recorte dos resultados do trabalho de conclusão de curso de Residência em Terapia Intensiva Multiprofissional intitulado: “Conhecimento, Atitude e Prática dos Profissionais de Saúde de Terapia Intensiva em Relação aos Indicadores de Segurança do Paciente”, o projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do São Francisco (Registrado sob o nº 0013/240914 CEDEP/UNIVASF). Resultados: Nos 254 pacientes internados no ano 2013, as infecções mais frequentes foram pneumonia associada à ventilação mecânica (19%), seguidas de infecção de acesso venoso periférico (11%); entre os eventos adversos, os mais prevalentes foram perda de sonda nasogástrica/ sonda nasoenteral (58%), seguidos de extubação acidental (25%); não houve notificação de quedas. Conclusão: O perfil de indicadores encontrados corrobora com o achado de outros estudos, porém a ausência de registro do indicador queda pode evidenciar falhas no monitoramento deste evento.