A parada cardiorrespiratória é a interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, em consequência de haver cessado a circulação do sangue. Devido a elevada taxa de mortalidade por parada cardiorrespiratória (PCR) observada em todo o mundo, esta investigação visou analisar o perfil das vitimas de parada cardiorrespiratória e o reconhecimento das vantagens do atendimento rápido e eficaz prestado as vítimas pela equipe de resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Trata-se de um estudo descritivo, exploratória com abordagem quantitativa, utilizando dados contidos em prontuários do setor de registro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em Teresina, Piauí. Participaram da pesquisa todas as fichas de atendimento pré- hospitalar das ocorrências classificadas como urgências clínicas cujas vítimas foram submetidas à ressuscitação cardiopulmonar, acima de 20 anos, de ambos os gêneros no período de julho a dezembro de 2014, totalizando 99 fichas, que corresponde a amostra da pesquisa. Dos 99 casos de PCR, 58% eram do gênero masculino, houve predomínio da faixa etária de 61 a 70 anos de idade. A média do tempo- resposta foi de 10,6 minutos. O ritmo cardíaco inicial não foi determinado em 42% dos casos. Em 47% das fichas não foram registradas as comorbidades prevalentes. Não há registro do uso de desfibrilador em 95% das fichas. As PCR presenciadas correspondem a 90% das ocorrências. A maioria das vítimas (86%) evoluíram a óbito. Com a realização do presente estudo, concluiu-se que a elevada taxa de mortalidade pode está relacionada com o tempo- resposta prolongada, idade avançada, a não utilização do desfibrilador externo automático (DEA) e a falta de habilidade no reconhecimento e realização das manobras de ressuscitação cardiopulmonar pelos leigos. A pesquisa contribuiu para o reconhecimento de falhas durante a assistência médica de urgência e a implementação de técnicas mais eficientes no atendimento de caráter emergencial.